De 16 de setembro a 20 de novembro, haverá exposições, colóquios e masterclasses para refletir sobre o sentido da joalharia no século XXI.
De 16 de setembro a 20 de novembro, haverá exposições, colóquios e masterclasses para refletir sobre o sentido da joalharia no século XXI.
© Leonor Hipolito
© Leonor Hipolito
Com o tema Suor Frio, apresenta-se em 2021 a primeira Bienal de Joalharia Contemporânea da cidade de Lisboa. Uma edição marcada pela pandemia, não só pelas restrições a que obriga, mas, acima de tudo, pela reflexão que o período de confinamento proporcionou à indústria joalheira portuguesa (e internacional) e que serviu de motor para o presente evento.
Assim, de meados de setembro a 20 de novembro, debate-se a joalharia enquanto proteção física e espiritual, através de projetos dos mais diversos formatos a serem apresentados em várias localizações da capital portuguesa.
O núcleo da Bienal centra-se nas exposições realizadas na Galeria de Exposições Temporárias da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, tal como na Igreja e no Museu de São Roque. Entre estas, destacam-se os projetos expositivos de Rui Chafes, com a nova escultura Lázaro e a fotografia Hoje. Nada II, de Daniel Blaufuks, que se entrelaçará com a exibição dos colares Preservation e Shielding, de Caroline Broahead. Ainda, Gisbert Stach apresentará a performance Wurfmesser no dia 17 de setembro e Ted Noten, artista holandês, vai exibir I Wanna Swap Your Ring?, uma instalação representativa de um revolver criado a partir de 500 anéis e que convida o público a substituir cada um desses por um objeto pessoal, de modo a reconfigurar a peça de arte. Quanto a artistas nacionais, destaca-se igualmente o nome de Olga Noronha, que apresentará um dos vestidos da série Hora Suave.
Entre os dias 07 e 08 de outubro, também na Igreja de São Roque, realça-se o momento de exposição da Coroa de Nossa Senhora de Fátima, que hoje serve também como relicário à bala que atingiu o Papa João Paulo II no Vaticano, em 1981. No primeiro dia desta exibição, haverá ainda um colóquio sobre a história deste objeto, com a participação do Santuário e da casa criadora da peça.
Ainda no contexto dos projetos expositivos, uma parceria entre o Museu do Design e da Moda (MUDE) e a Sociedade Nacional e Belas-Artes (SNBA) dará origem às oitavas da oficina, uma exposição antológica da obra de joalharia do escultor José Aurélio. Até 26 de setembro, estarão em destaque mais de 150 peças de joalharia e ainda algumas esculturas do artista, numa celebração da sua expressividade e simbolismo.
O tema Suor Frio terá a sua exposição nuclear no Museu de São Roque e no Museu da Farmácia. Este concretizar-se-á, ainda, através de colóquios com as temáticas “corpo”, “medo” e “proteção”. Em três dias de debate - um para cada tema -, será possível acompanhar as discussões presencialmente na Brotéria ou, ainda, online, mediante inscrição no website do evento. “Medo” e “proteção” serão ainda os temas por detrás das materclasses de Christoph Zellweger e Caroline Broadhead, respetivamente, a serem realizadas entre os dias 11 e 15 de setembro, no Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual.
Para além dos momentos destacados, a Bienal de Joalharia Contemporânea de Lisboa terá ainda apresentações na Sociedade Nacional de Belas Artes, onde se encontrará uma Jewellery Room composta por projetos internacionais, e também nas galerias Tereza Seabra, Teresa Lacerda, Reverso, Sá da Costa e no Instituto Cultural Romeno. O evento encerrará no dia 20 de novembro com uma palestra da antropóloga Filomena Silvano.
Com curadoria de Cristina Filipe e direção artística da Associação Portuguesa de Joalharia Contemporânea (PIN), há ainda muito mais para conhecer sobre a primeira Bienal de Joalharia Contemporânea de Lisboa, e que pode ser consultado no seu website.
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