Valentino; Moschino; The Attico; Off-White; MM6 Maison Margiela
A primavera está prestes a chegar, o que significa que é altura de relembrar as maiores tendências que vêm com ela.
Em setembro de 2024, os grandes nomes da Moda apresentaram-nos as suas propostas para a primavera que agora se avizinha. Para saber exatamente o que procurar e comprar nos próximos meses, selecionámos - entre dezenas de possibilidades - 12 das tendências mais expressivas, e nas quais vale a pena investir. Descubra-as abaixo.
Boho



Chloé; Isabel Marant; Valentino
Não será uma surpresa para ninguém, tendo em conta a quantidade de franjas, folhos e tons terra que temos visto brilhar nos últimos tempos. Carregando a sua energia etérea há já algumas estações, o boho está de novo a dominar as tendências, continuando o que já vimos há bastante tempo: esta versão do boho é infinitamente mais chic do que nas décadas anteriores, com um apelo extra sexy e ousado. Tudo está a valer - desde calções curtos a saias e vestidos longuíssimos, casacos bomber, coletes, blusas de perder de vista… Para complementar o estilo os acessórios são essenciais, de cintos statement a brincos enormes e pulseiras sem conta. As melhores inspirações chegam de nomes clássicos como Chloé, Isabel Marant, Zimmermann ou Blumarine, mas também de outros com propostas mais ousadas, seja Valentino - agora de Alessandro Michele - ou Saint Laurent by Anthony Vaccarello, que nos apresenta uma versão mais rock chic da tendência.



Zimmermann; Blumarine; Saint Laurent by Anthony Vaccarello
Vestidos babydoll



Gabriela Hearst; Chloé; Coperni
O coquette tem vivido um grande momento, tanto nas passerelles como no mundo digital, com laços, rendas, vestidos delicados e uma panóplia de tons cor-de-rosa a dominar. As casas de Moda apostaram, nesta estação, num vestido que encapsula perfeitamente o espírito dessa estética: o babydoll dress. Coperni propôs versões com rendilhados e em tons de branco imaculado, enquanto Paul Costelloe e Loewe apresentaram looks dignos de boneca. Contudo - e apesar do vestido babydoll ser indissociável da estética coquette -, a peça estende-se agora a mais estilos: há propostas menos inocentes, como as que observámos em Emporio Armani, ou silhuetas com estruturas que se afastam do clássico e acrescentam interesse, como mostrou Gabriela Hearst.



Paul Costelloe; Emporio Armani; Loewe
Full denim



Balenciaga; Ermanno Scervino; Mugler
Casual, fácil, cool e surpreendentemente chic: o full denim conseguiu livrar-se da sua reputação manchada circa anos 90 e regressa, nesta primavera, com uma aura renovada. Usar a tendência não requer muita ciência (embora seja preferível que a ganga seja a mesma dos pés à cabeça), já que há opções para diversos gostos: Balenciaga propõe versões em ganga mais escura - e, por isso, talvez mais discreta -, enquanto Off-White e Phillip Lim apostam em lavagens menos convencionais para provocar interesse. Coach mostra opções mais modestas da tendência, com blusão e calças ajustadas, enquanto Ermanno Scervino e Mugler equilibram o overload de ganga com pele à mostra. No fundo, há um look para cada gosto, não fosse este o material mais democrático de todos.



Coach; Off-White; Phillip Lim
O bom, o mau e o vilão



Bora Aksu; Valentino; Yuhan Wang
Nesta primavera, o estilo romântico vive na antítese entre o bem e o mal. Passamos a explicar: elementos como rendas, tules, transparências e flores são transversais a cada um dos lados do espectro, mas são usados de forma fundamentalmente diferente. Bora Aksu, Yuhan Wang e Sarawong representam o lado angelical desta dualidade, onde vemos uma paleta de tons pastel e elementos delicados. Em contraste, as propostas Elisabetta Franchi, Rodarte e Valentino (embora, na verdade, nos tenham mostrado ambas as versões) dão vida a personagens mais escuras e sombrias. Esta estação sugere que abracemos todas as nossas facetas, das mais leves e puras até aos recantos misteriosos, com um toque inegavelmente romântico.



Elisabetta Franchi; Sarawong; Rodarte
Butter yellow



Chanel; MM6; Off-White
As maiores marcas de Moda elegeram uma nova cor favorita para os meses que se avizinham: o amarelo. Contudo, este não é um amarelo qualquer: é o “butter yellow”, um amarelo manteiga ou pastel, que, depois de ter percorrido as passerelles, é agora a nova obsessão da Internet. Para usar da cabeça aos pés, nas mais diversas peças e estilos, é a cor-tendência que conquistou nomes como Chanel, MM6, Michel Kors Collection e Fendi - e a nós também, claro.



Michel Kors Collection; Luar; Fendi
Polka Dots



Moschino; Christopher Esber; Acne Studios
Há quem diga que as polka dots são o padrão do verão, e não poderíamos estar mais de acordo. Elegante, divertido e versátil, é um motivo essencial em qualquer guarda-roupa da estação e permite criar tanto looks altamente clássicos como versões lúdicas, com círculos de diferentes tamanhos e tons. Provando que a Moda é absolutamente cíclica, esta tendência volta a encontrar o seu espaço no pódio e é adorada por nomes como Moschino, Acne Studios, Carolina Herrera e Christopher Esber. Pontos extra para quem conseguir usar polka dots numa referência à estética circus core que, prevemos, terá o seu momento muito em breve.



Patou; Valentino; Carolina Herrera
Laços XXL



Acne Studios; Burberry; JW Anderson
Num reflexo de feminilidade e até de nostalgia, os laços têm-nos acompanhado há já várias estações, constando em todas as peças e acessórios possíveis, e habitualmente em versões mais delicadas. Agora, contudo, os laços assumem proporções gigantescas e uma faceta menos romântica: os designers optaram por aplicá-los em materiais menos formais - como a malha em JW Anderson -, ou entre uma mistura inusitada de tecidos, como mostra Erdem. Burberry, por sua vez, disse-nos que as suas clássicas trenches também merecem estes adornos, e Nina Ricci embrulhou os seus vestidos num número incontável de laços. Independentemente do estilo ou da forma, os laços só conhecem agora uma regra: a do tamanho.



Simone Rocha; Erdem; Nina Ricci
Sportif



Dior; Ottolinger; Casablanca
Há muito que o vestuário desportivo deixou de pertencer somente ao ginásio e ao conforto de casa, ganhando agora um novo encanto: o caráter cómodo ou prático não é o que faz destas propostas tendência (até porque muitas vezes tais palavras não constam no léxico da Moda), mas sim o seu appeal irreverente, misturando referências de variados desportos e reinventando os seus elementos-chave. Algumas modelos desfilaram pelas passerelles como se tivessem acabado de sair de uma pista de Fórmula 1 - veja-se os exemplos de Dior e The Attico -, enquanto outras foram expressões delicadas e elegantes de estéticas como o ballet core, como em Ferragamo. A melhor parte? Não precisa realmente de correr para usar roupas de corrida.



The Attico; Avavav; Ferragamo
Desfiados



Ermanno Scervino; Stella McCartney; Rick Owens
Para a primavera, a Moda sugere desconstruir para construir: ou melhor, desfiar para criar. Rick Owens, como habitual, mostrou-nos esta desconstrução numa versão sombria, enquanto Dsquared2 e Ralph Lauren recorreram aos brilhos para elevar a tendência, mostrando que ambos os elementos podem coexistir em harmonia. MM6 e Ermanno Scervino, por sua vez, propuseram um revivalismo à la 2014 com calças desfiadas de cima abaixo, e Stella McCartney optou pelo mesmo método, mas num vestido. Sabemos que as modas da década passada deixaram marcas e promessas de “nunca mais uso”, mas, às vezes, vale a pena voltar atrás com a palavra - esta é uma dessas vezes.



Dsquared2; MM6 Maison Margiela; Ralph Lauren
Riscas



Dior; Chanel; Rabanne
O que seria do verão sem os seus motivos náuticos? Por esta altura, as riscas já são um padrão neutro dada a sua versatilidade, mas, desta vez, surgem não só nos tradicionais tons azuis, brancos e encarnados, mas numa paleta tão extensa quanto as cores de qualquer tarde de verão: dos laranjas aos amarelos, dos verdes aos rosas. Rabanne propõe o uso de diferentes tipos de riscas, Missoni aposta nos conjuntos e Louis Vuitton mostra uma versão que acena ao indie sleaze. Quantas riscas são demasiadas? Ainda não encontrámos resposta.



Aknvas; Missoni; Louis Vuitton
Casacos como vestidos



Chanel; Carolina Herrera; JW Anderson
Serão casacos curtos a ser usados como vestidos, ou vestidos que se parecem com casacos? Bom, não trazemos propriamente uma resposta, mas, independentemente disso, podemos assegurar que esta será uma das maiores tendências dos tempos que se seguem. Para além de ter um ar inegavelmente sexy, a peça traz um certo je ne sais quoi a um visual, como se não tivéssemos passado meia hora a decidir o que vestir.



Louis vuitton; Victoria Beckham; Issey Miyake
Transparências



Khaite; Alaïa; Ermanno Scervino
Podem ser sensuais, misteriosas, inocentes ou subversivas: as transparências estão por todo o lado e prometem ter um lugar cativo no nosso armário desta estação. Alaïa, Issey Miyake, Sportmax e Khaite são alguns dos nomes que trazem à luz esta expressão de Moda delicada e, em muitos casos, hipnotizante. Para sobrepor com outras peças ou assumir a ousadia sem quaisquer constrangimentos, há propostas de perder de vista.



Issey Miyake; Fendi; Sportmax
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