Entre os bits e os bytes, o futuro trará (ou terá de trazer) necessariamente tempo para regressar às raízes — quase literalmente.
O processador do computador terá de dar lugar a processos naturais como a fotossíntese para um planeta que clama por uma mudança urgente no modo como vivemos e o tratamos. Numa era em que a expressão “alterações climáticas” é buzzword por direito próprio, não é só a Terra que necessita desse câmbio, é o ser humano, também. Precisa da tranquilidade em estado líquido que só o mar e os rios e os lagos conseguem proporcionar; precisa da paciência que os solos de cultivo ensinam; precisa da perspetiva que apenas o ar puro parece inspirar. Em pleno advento do avanço tecnológico, o andar para a frente também é fomentar um êxodo citadino, numa comunhão com a natureza que não destrói o mundo moderno, pelo contrário: salva-o.
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Editorial realizado em exclusivo para a Vogue Portugal.