Colocar o estilo gótico no centro das atenções e desafiar os conceitos de body shaming no mundo digital são duas das questões que Billie Eilish está a colocar em cima da mesa através das suas escolhas de estilo.
Colocar o estilo gótico no centro das atenções e desafiar os conceitos de body shaming no mundo digital são duas das questões que Billie Eilish está a colocar em cima da mesa através das suas escolhas de estilo.
© Getty Images
O guarda-roupa descontraído de Billie Eilish, o fenómeno pop da atualidade, era tudo aquilo de que a indústria da Moda estava a precisar. Aos 17 anos, a norte-americana está a redefinir conceitos datados sobre a maneira de como uma pop star feminina se deveria vestir e o facto de o seu estilo não ser baseado numa sensualidade que gera polémica sensibilizou todos aqueles que a admiram, assim como os nomes mais badalados da indústria da Moda — entre eles Stella McCartney.
A designer britânica escolheu Billie para ser a primeira pessoa a vestir as peças de All Together Now (uma coleção inspirada no filme Yellow Submarine dos The Beatles) no palco da edição de 2019 do Festival Glastonbury, com uma peça desenhada em especial para a apresentação da cantora no evento.
Foi em 2016, quando publicou Ocean Eyes no SoundCloud, que o reconhecimento bateu à porta de Elisih, uma nativa da cidade de Los Angeles. Desde o início da sua trajetória musical tem vindo a afirmar o porquê de usar roupas largas para se manter afastada do escrutínio que existe nas redes sociais. “Nunca quis que o mundo soubesse tudo sobre mim. É por isso que usou roupas oversized”, revelou numa campanha digital que protagonizou para a Calvin Klein. “Ninguém pode ter uma opinião porque não viram o que está por debaixo. Ninguém pode dizer ‘ela é magra’, ‘ela não é magra’, ’ela tem um rabo flácido’, ‘ela tem um rabo grande.’”
Os sentimentos de Billie estão a unificar uma geração que escreve as suas própria regras. Além de colocar o estilo gótico no centro das atenções (“as pessoas não dão crédito suficiente aos góticos… toda a gente é gótica hoje em dia”) e mostrar o seu amor por Avril Lavigne e pela série japonesa Jojo’s Bizzare Adventure, a sensação teen está também a definir a sua própria agenda quando se trata das normas de género. “Sabes que mais, eu gosto genuinamente de saltos altos. Acho que são muito cool e tenho sentido vontade de calçar um par. Tenho unhas acrílicas e extensões no cabelo,” afirmou, recentemente, num vídeo para a Pitchfork, onde chegou a dizer que “o conforto nem sempre tem que ser fundamental.”