A maré esteve calma, os ventos sopraram a favor e o grande navio da Casa francesa ancorou no Grand Palais, onde a etiqueta de luxo tem apresentado as suas coleções.
A maré esteve calma, os ventos sopraram a favor e o grande navio da Casa francesa ancorou no Grand Palais, onde a etiqueta de luxo tem apresentado as suas coleções.
Se há palavra bem presente no vocabulário de Karl Lagerfeld, é excentricidade. Veja-se, nas últimas temporadas o criador alemão transformou o edifício, que se localiza numa das principais artérias da cidade francesa, num supermercado, aeroporto, um casino, uma floresta ou um foguetão. Para a coleção cruise de 2018, Lagerfeld idealizou um navio com cerca de 148 metros onde os coordenados que pensou combinaram na perfeição com o ambiente vivido no Grand Palais.
Ao diário britânico The Guardian, Bruno Pavlovsky, presidente de Moda da Chanel, confessou que este cenário, na verdade, foi um plano B. “Queríamos ir para o mar, levar os convidados num cruzeiro. Trabalhamos nessa ideia durante dois anos, mas arranjar o barco perfeito mostrou-se impossível.”.
Na passerelle o mood náutico não desiludiu, as referências mostraram-se claras nas malhas, nas cores (predominantemente azul e branco) ou nas icónicas riscas. A esta lufada de ar fresco juntou-se o ADN da marca que, apesar das várias interpretações que tem recebido, tem-se mostrado atual.
Com vista a um novo posicionamento a nível social, Pavlovsky também contou que “depois disto tudo o cenário iria ser reciclado”, uma vez que a marca francesa tem sido alvo de críticas devido à sua extravagância no que toca à construção de infra-estruturas utilizadas para os desfiles.