A revolução digital é uma realidade mas a Casa francesa faz questão de referir que o e-commerce não está nos seus planos.
A revolução digital é uma realidade mas a Casa francesa faz questão de referir que o e-commerce não está nos seus planos.
Chanel primavera-verão 2018 © ImaxTree
Chanel primavera-verão 2018 © ImaxTree
“Se dermos tudo a toda a gente de uma vez, perdemos exclusividade.” afirma Bruno Pavlovsky, presidente de Moda da Chanel, numa conferência organizada pela Vogue Paris.
O e-commerce conquista, dia após dia, novos consumidores. Há, inclusive, quem não saia de casa para fazer compras. Loewe, Versace e Louis Vuitton são três das muitas marcas que se juntaram à comunidade digital e começaram a vender as coleções online. E muitas delas já adotaram o método see now, buy now que permite comprar as peças no site logo após o desfile.
A verdade é que os novos métodos de venda online aproximam as marcas dos clientes, mas também reduz a exclusividade no processso de aquisição de cada artigo. Está tudo à distância de um clique e o serviço personalizado em loja começa a perder força.
Contudo, a Chanel não está totalmente offline, e até é bastante ativa no que toca ao mundo digital: tem uma conta de Instagram com cerca de 25 milhões de seguidores e os desfiles são publicados online na íntegra.
“Não estou a dizer que não vamos tentar um dia, mas se o fizermos é porque achamos que [o e-commerce] vai trazer algum valor acrescido.”, acrescentou Pavlovsky na conferência.
O futuro da Chanel pode passar por e-services, isto é, uma funcionalidade que permite ao cliente reservar artigos online ou fazer marcações em loja, uma boa maneira de conjugar os dois mundos, o real e o virtual.