Podia ser apenas mais uma novidade no meio das dezenas que caracterizam a rentrée. Mas, tratando-se da La Prairie, o lançamento de um produto nunca poderia ser banal. Há uma nova era no cuidado da pele, guiada pela harmonia, e começa agora.
Podia ser apenas mais uma novidade no meio das dezenas que caracterizam a rentrée. Mas, tratando-se da La Prairie, o lançamento de um produto nunca poderia ser banal. Há uma nova era no cuidado da pele, guiada pela harmonia, e começa agora.
Chama-se Skin Caviar Harmony L’Extrait e promete ser o novo must-have de todas as beauty addicts. Vamos diretos ao assunto para evitar rumores e boatos: este é um sérum, de facto, revolucionário. A sua aplicação contínua não promete milagres nem extreme makeovers, antes pelo contrário. O objetivo é simples: alcançar a harmonia (possível) da pele. Afirmamo-lo assim, sem rodeios, pois pudemos conhecer em primeira mão os efeitos de Skin Caviar Harmony L’Extrait durante uma viagem (seria mais correto escrever “retiro”?) que sublinhou tanto a eficácia científica como o lado holístico da La Prairie — que reconhece que nunca existirão produtos perfeitos, nem peles perfeitas, apenas um desejo de harmonia que enaltece a beleza de todos/as nós. Este não é, por isso, um produto qualquer. Também não será um produto-estrela, cuja relevância se desvanece depois de seis meses nas prateleiras. A nova aposta da marca suíça assemelha-se mais ao cobiçado título de “o produto.” Skin Caviar Harmony L’Extrait é o último passo em longos anos de pesquisa via tentativa-erro. Cerca de 88% das mulheres que o testaram garantem a sua eficácia: os contornos e o volume parecem recuperados, a aparência das rugas é reduzida, a harmonia facial é melhorada. Mas como se consegue esta “harmonia”, sabendo que se trata de um conceito tão ambíguo? O segredo está nos elementos verticais (ligamentos cutâneos) que compõem a nossa pele. Eles são a chave do nosso processo de envelhecimento — com o passar dos anos “enfraquecem” e a pele segue-lhes as pisadas. Apesar disso, quase todos os produtos de skincare se focam, maioritariamente, nos elementos horizontais. Foi com esta mudança de paradigma que a La Prairie conseguiu dar início a uma nova era no cuidado da pele, em que o ritual do lifting é elevado a uma nova dimensão. Em colaboração com um laboratório bioanalítico suíço, os cientistas da La Prairie desenvolveram protocolos de teste inovadores que lhes permitiram identificar e quantificar os componentes dos ligamentos cutâneos. Assim nasceu Skin Caviar Harmony L’Extrait.
Mas esta nova era estende-se a todos os detalhes, só aparentemente menos importantes, que rodeiam este lançamento. Inspirado na estética da Bauhaus, o design da embalagem de Skin Caviar Harmony L'Extrait é a expressão máxima da união entre forma e função. Um sublime frasco de vidro azul-cobalto protege a fórmula contida no interior, e o seu reflexo provoca uma impressão de harmonia e plenitude. Esta não é a primeira vez que o movimento Bauhaus influencia as criações da La Prairie, nomeadamente através da sua filosofia e das disciplinas que o caracterizam — seja o vanguardismo, visível na história subtilmente avant-garde da marca suíça (que nasceu nos anos 30 do século passado e começou por ser uma clínica com o mesmo nome, local de "peregrinação” obrigatória para celebridades como Marlene Dietrich, Winston Churchill ou Greta Garbo) ou o modernismo, patente nas linhas limpas que caracterizam toda a sua identidade visual. Existe, no entanto, um senão: embora fosse iminentemente progressista, a Bauhaus não conseguiu evitar a alienação quase total das figuras femininas, que foram ofuscadas pelos seus pares do sexo oposto. A alemã Gunta Stölzl é, ainda hoje, o nome que mais associamos ao movimento, que obliterou génios como Anni Albers, Marianne Brandt ou Lili Reich. Foi precisamente para colmatar este lapso que a La Prairie decidiu criar a sua própria Women Bauhaus Collective: de forma a reinterpretar essa procura criativa (individual e interminável) pela harmonia, cinco mulheres de diferentes cantos do mundo, todas elas artistas recém-licenciadas, foram desafiadas a criar uma peça que, a seu ver, simbolizasse a harmonia. Com orientação da premiada designer Sabine Marcelis — que acompanhou o processo, durante longos meses, desde a primeira troca de ideias até ao workshop que finalmente juntou Kristin Chan, Gloria Fan Duan, Lauren Januhowski, Jasmine Deporta e Taria Golchin debaixo do mesmo teto — a Women Bauhaus Collective by La Prairie mostrou-se pela primeira vez em junho passado, na Art Basel, em Basileia, quando as cinco obras de arte (que podem ser vistas numa exposição virtual no site da La Prairie) foram finalmente desvendadas. Esta colaboração é apenas mais um passo dado pela La Prairie no sentido de estender o seu legado para além dos cuidados com a pele, oferecendo às mulheres artistas uma plataforma a partir da qual possam expressar a sua própria visão — uma plataforma que lhes permita partilhar a sua arte com um público que aprecia essa busca constante da harmonia.
Texto originalmente publicado na The Gossip Issue da Vogue Portugal, disponível aqui.
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