A felicidade é muitas vezes uma performance, uma ilusão cuidadosamente construída que apresentamos ao mundo.
Por detrás dos sorrisos polidos e da alegria encenada, existe uma realidade mais complexa: a incerteza, o conflito e a dualidade emocional. Com as máscaras que usamos, sejam as metafóricas via adaptação de comportamentos, sejam as tangíveis através de maquilhagem e adereços e ângulos em fotografia cuidadosamente pensados, a ilusão de alegria que usamos como capa reflete uma tensão entre a aparência e a verdade. Porque todos nós, uns mais próximos de uma transparência feliz, outros mais no limbo para o abismo, temos essa dualidade cá dentro: a luz e as trevas, o manipulado e o honesto, o social e o individual, a felicidade e a tristeza. Mas é também nestes opostos e nesse conflito que evoluímos, que refletimos, que nos superamos. A linha entre as emoções concretas e as representadas é frágil, mas ajuda-nos a fazer uma indagação relevante: a felicidade é real ou é apenas exibição?
Editorial realizado em exclusivo para a Vogue Portugal.
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