No meu mundo cabe tudo – e todos. Na minha realidade distorcida, enquadro-me eu, uma dançarina clássica, uma atriz de teatro e uma pintora, numa personalidade múltipla que não condiciona, antes liberta.
No meu mundo cabe tudo – e todos. Na minha realidade distorcida, enquadro-me eu, uma dançarina clássica, uma atriz de teatro e uma pintora, numa personalidade múltipla que não condiciona, antes liberta. As alucinações de uma constante performance para uma audiência visível apenas aos meus olhos não é fruto da imaginação ou da perda de faculdades mentais. Porque na minha insanidade, na insanidade de uma dançarina clássica, de uma atriz de teatro e de uma pintora, a loucura não é uma prisão, é o escape. E quando a loucura é escape, a fuga não é a melhor solução? Não é o caminho para um sprint em direção à felicidade? É. Pelo menos até aquele momento final de lucidez, que coloca a nu a dura realidade: a beleza inexistente de um mundo onde cabe tudo – e todos – e que só existe na minha cabeça.
Direção criativa e fotografia de Alex Blonde. Styling de Joana Dacheville.
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