E se, em cada esquina, houvesse uma câmara a gravar todos os nossos movimentos? E se toda a nossa vida estivesse a ser arquivada num circuito de CCTV, guardada para uma posteridade não como recordação, nem sequer como absolvição, mas como sentença?
E se, em cada esquina, houvesse uma câmara a gravar todos os nossos movimentos? E se toda a nossa vida estivesse a ser arquivada num circuito de CCTV, guardada para uma posteridade não como recordação, nem sequer como absolvição, mas como sentença?
E se cada objetiva nos reconhecesse, nos identificasse, nos avaliasse? E se cada um de nós, por causa disso, por causa do nosso comportamento, postura, visual, fosse julgado por uma entidade artificial sobre se somos ameaça ou se somos pelo bem? Nestas imagens sobre um potencial futuro sob vigilância, consequente de uma revolução tecnológica, levantam-se questões sobre privacidade versus segurança e sobre se a eficiência e a proteção são bastiões máximos para se sacrificarem liberdades e direitos pessoais. Nestas imagens sobre um mundo futurista à mercê de bits e bytes e fibra ótica, levantam-se questões sobre o papel da tecnologia nas nossas vidas e as suas potenciais consequências. Nestas imagens de uma cosmópolis vigia- da imaginária, surge, na verdade, a maior questão de todas: o futuro é agora?
Ficha técnica:
Fotografia de Anastasia Fursova. Styling de Bobette Cohn.Vídeo de Anastacia Fursova.Modelo: Anabela Belikava @ One Management.Cabelos: Takuya Yamaguchi @ The Wall Group, com produtos Oribe.Maquilhagem: Mitch Yoshida @ Muse.Edição de vídeo: Nikita Chemyakov.Assistente de fotografia: Eugene Krasnaok.Assistente de styling: Ornela Qorri.Assistente de vídeo: Eugene Krasnaok.
Editorial realizado em exclusivo para a Vogue Portugal.
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