As pinceladas assertivas e precisas de artistas como Matisse, Mondrian ou Klimt servem, muitas vezes, de inspiração às mentes dos maiores criadores da indústria da Moda.
As pinceladas assertivas e precisas de artistas como Matisse, Mondrian ou Klimt servem, muitas vezes, de inspiração às mentes dos maiores criadores da indústria da Moda.
O arquivo do mundo das artes, pela sua diversidade e história, é um dos mais empolgantes e majestosos de todos os tempos. O fauvismo, o cubismo, o surrealismo ou impressionismo podem muito bem ser a próxima tendência, não fosse o universo da Moda beber muita da sua inspiração em obras de arte ou em movimentos artísticos.
A espanhola Uterqüe inspirou-se nos rostos de Matisse para a criação de um t-shirt que faz parte da nova coleção para a próxima estação, quem também se inspirou nos famosos rostos foi a Mango que apresenta uns brincos com a forma de um dos desenhos. O francês Henri Matisse ficou conhecido pela sua forma fluída de desenhar e pelo uso da cor pura, dando assim origem a um novo movimento artístico, o fauvismo.
Se recuarmos até à década de 60 do século XX, por exemplo, encontramos um dos quadros mais famosos de Piet Mondrian, Composição II em Vermelho, Azul e Amarelo, replicado na Mondrian Collection do designer francês Yves Saint Laurent que homenageou o artista holandês através de uma coleção de seis vestidos que depressa se transformaram em peças de culto e numa das capas mais icónicas da Vogue Paris. Mas o mundo de Yves Saint Laurent não se deixou ficar por um artista, o designer ainda homenageou Tom Wesselmann, Georges Braque e Vicent van Gogh.
Fast forward para o século XXI e nas comemorações dos 60 anos da Dior, o diretor criativo da época John Galliano apresentou uma coleção inspirada nos quadros dos seus pintores favoritos que incluiu obras de Monet, Degas ou Rothko.
Os tecidos com cores metalizadas em peças oversized são por si só uma boa dose de arte e a italiana MSGM comprovou isso mesmo no outono/inverno de 2014/2015. Para a estação fria Massimo Giorgetti, diretor criativo da marca italiana não só se inspirou na cantora Bjork como no pintor Gerhard Richter. O resultado foi uma explosão de cores em vestidos, saias, casacos ou sweatshirts.
As telas são trocadas pelos tecidos que recebem a mesma dedicação e criatividade que outrora os mestres da pintura tiveram para começarem um novo movimento ou para se poderem expressar.
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