Alessandro Michele convidou a audiência a ver tudo aquilo que se passa nos bastidores de um desfile.
Alessandro Michele convidou a audiência a ver tudo aquilo que se passa nos bastidores de um desfile.
© ImaxTree
A entrada era na verdade um típico backstage. Modelos em roupão, maquilhadores e hairstylists a ultimar retoques, stylists a preparar os coordenados que cada modelo vai usar e Alessandro Michele a supervisionar tudo. “Que a inteligência coletiva que prepara tudo isto seja visível.” Foi com esta frase que Alessandro Michele, diretor criativo da Gucci, apresentou o desfile para o outono/inverno 2020, “Não é um espetáculo, é a realidade do nosso trabalho. Parece um Parque de Diversões de Moda, mas é o ritual sagrado a que nos prestamos coletivamente todas as estações.”
Foi num cenário circular, que reflete o ciclo da indústria da Moda, que as propostas de Michele foram apresentadas. “Não há qualquer dúvida de que a Moda é circular, uma coisa muito poderosa que pensas que está a desaparecer, na verdade está de volta, como uma onda”, explicou o designer ao WWD.
Se na estação passada, a inspiração veio da Gucci de Tom Ford - com slip dresses e soutiens à mostra -, para o outono/inverno 2020, a viagem no tempo foi maior, acabando por regressar à infância e à perfeição dos coordenados das little girls, com uniformes escolares e vestidos pinafore. “O mundo infantil é perfeito, não tens que justificar nada. É o mundo onde queremos viver, nós [adultos] temos que dar milhares de justificações sobre aquilo que vestimos, sobre aquilo que dizemos”, contou ao WWD. Mas o leque de inspirações foi mais além e tocou na estética hippie, grunge e ainda no Moulin Rouge.
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