A história por detrás do vestido estilo gaiola de Sarah Jessica Parker para a Met Gala de 2024

07 May 2024
By HANNAH JACKSON

Dia Dipasupil/Getty Images

Tal como a sua parceira de Moda Carrie Bradshaw, Sarah Jessica Parker veste-se sempre para impressionar. E quando se trata da Met, dá tudo por tudo. Para a Met Gala de 2024, Parker levou o dress code "Jardim do Tempo" até aos limites da sua indumentária, num extravagante número tipo gaiola de pássaro de Richard Quinn.

Parker teve a ideia de abordar Quinn sobre a Met quando a figurinista de And Just Like That..., Molly Rogers, lançou a ideia de o designer britânico contribuir para os figurinos da terceira temporada. "Molly teve a amabilidade de nos pôr em contacto com a sua equipa, iniciámos uma conversa e aqui estamos nós", conta Parker à Vogue.

A peça partilha semelhanças com looks da coleção da primavera de 2024 de Quinn. "Por coincidência, a sua coleção mais recente tinha peças que, de muitas formas, comunicavam ou inferiam o tema da Met tal como o entendemos", conta Parker. "Eu tinha ido à exposição Sargent and Fashion no Tate Britain e tinha-me inspirado em algumas obras de arte que vi lá, mas foi a coleção dele que realmente pareceu interpretar instintivamente o tema."

A estrutura de arame fundamental é essencial para o visual e sublinha o tema da efemeridade. "A renda cortada à mão é aplicada sobre a armação, parecendo crescer à sua volta e acrescentando um elemento floral subtil ao design", diz Quinn à Vogue sobre o vestido. "Os cristais incorporam um nível de dureza e inquebrabilidade, brilhando sobre a frágil renda por baixo." Quinn, por seu lado, foi particularmente inspirado pela ideia de preservação. "Sempre fui fascinado pela beleza duradoura das roupas de arquivo de tempos passados", diz ele. "Com este vestido, quisemos jogar com a ideia de preservação; o vestido parece tão frágil que é quase efémero, mas com cuidado e consideração foi construído para durar."

A Met desta noite marca a 12ª vez que a SJP participa, desde o seu primeiro ano em 1995, quando usou um vestido de veludo preto em segunda mão. Ao longo dos anos, desenvolveu uma reputação de ser uma pessoa a ser observada na passadeira, desde seu tartan combinando com Lee McQueen até ao capacete de ouro ornamentado de Heavenly Bodies de 2018.

Quando se olha para as últimas galas, talvez a mais memorável seja a de 2013. “Tive de me sentar no chão de um carro durante toda a viagem até à cidade, literalmente no chão, com o Hamish Bowles ao meu lado sentado corretamente num banco. Essa é uma recordação fantástica. Em primeiro lugar, porque foi com o Hamish, o que foi muito especial", diz ela, 'mas também porque foi o exemplo perfeito e a ilustração dos esforços que se fazem quando a Met é importante para nós, e o que fazemos para tentar acertar e não perturbar nenhum dos detalhes que foram planeados por meses - proteger cada fita, cada detalhe, cada folho, toda a arquitetura de um acessório de cabeça, e assim por diante.

Parker tem plena consciência de que todo o evento é um produto da união de grandes artistas. "O nosso próprio conforto torna-se uma prioridade muito baixa", diz ela. "A prioridade é tentar apresentar-nos corretamente. É da nossa responsabilidade cuidar dos elementos, em nome do designer, do modista, do cabeleireiro, do maquilhador".

Mas, diz, "este ano, vou estar de pé".