Entre o sonho e a realidade, a estação estival de Lidija Kolovrat, apresentada no último dia da 51ª edição da ModaLisboa, foi um passaporte de ida sem volta ao subconsciente.
Entre o sonho e a realidade, a estação estival de Lidija Kolovrat, apresentada no último dia da 51ª edição da ModaLisboa, foi um passaporte de ida sem volta ao subconsciente.
© Ugo Camera/Modalisboa
"Hoje, sonhei...": começa assim a sinopse da primavera/verão 2019 de Lidija Kolovrat. Intitulada Passaporte, a coleção da criadora para a próxima estação estival foi precisamente isso, uma viagem ao sonho, ao subconsciente, "ao espaço onde o corpo respira uma liberdade crua que se dilui e desagua no quaotidiano, a viagem a um epicentro onde a imaginação floresce e o controlo desaparece".
Este mote narrativo, onde a identidade é devolvida ao indíviduo e as normas estabelecidadas são quebradas através do exercício criativo, resultou numa coleção onde o choque eletrizante das cores, a vivacidade inesperada dos padrões e a liberdade na desconstrução das silhuetas se uniu numa afirmação simplista de rutura.
Vestidos fluidos, trench coats técnicos, peças assimétricas e oversized, acessórios em tamanho micro, degradés e pormenores inesperados - entre eles bolsos desconstruídos, brilhos fora de horas e sapatos em forma de peixe -, foram os elementos sonhadores de Kolovrat para a próxima estação estival, num limbo claro entre ficção e realidade.
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