Nos últimos meses, muitas foram as marcas que deixaram de usar o pelo e a pele animal como matéria-prima das suas peças. Reunimos os nomes que já se juntaram ao movimento, numa lista em constante atualização.
Nos últimos meses, muitas foram as marcas que deixaram de usar o pelo e a pele animal como matéria-prima das suas peças. Reunimos os nomes que já se juntaram ao movimento, uma lista em constante atualização.
Este é um movimento que tem juntado alguns dos nomes mais proeminentes da indústria, como Gucci, Chanel e Burberry, que se juntam a marcas como Stella McCartney e Calvin Klein que há muito se insurgiram contra a utilização destes materiais. O objetivo é simples, fazer Moda sem maltratar os animais, e abolir por completo o uso de pelo de origem animal.
Prada, a partir de fevereiro de 2020
“O Grupo Prada está comprometido com a inovação e responsabilidade social e a nossa política sem pelo é um extensão do nosso compromisso,” afirma Miuccia Prada no comunicado de imprensa que anuncia o final da utilização de pelo e pele de origem animal já a partir do próximo ano. Esta nova era terá início já em fevereiro de 2020, quando for apresentada a coleção referente ao outono/inverno 2020. “Focarmo-nos em diferentes materiais vai permitir que a empresa explore novos limites criativos,” concluiu ainda Miuccia.
3.1 Phillip Lim, a partir do outono/inverno 2019
Apresentou, recentemente, em Nova Iorque, as propostas para o outono/inverno 2019 e com este desfile, o criador anunciou que a partir da próxima estação as suas coleção não vão incluir mais materiais de origem animal.
Farfetch, a partir de dezembro de 2019
No início do mês de fevereiro, a Farfetch, liderada pelo português José Neves, anunciou que a partir do mês de dezembro de 2019 vai deixar de disponibilizar nas prateleiras online produtos com pelo verdadeiro.
Jean Paul Gaultier, desde de novembro de 2018
Numa entrevista ao programa de televisão Bonsoir!, Jean Paul Gaultier confirmou a decisão de deixar de usar pelo animal nas suas coleções futuras. "É algo que tenciono resolver. Trabalhei com pelo desde o início da minha carreira, e ocasionalmente usei também pelos antigos", disse o criador, que confessou acreditar que o material é mais "sensual" quando comparado com o pelo falso. "No entanto, existem muitas outras alternativas para nos mantermos quentes. A forma como matamos os animais é absolutamente lamentável", defendeu.
Versace, a partir das coleções apresentadas em 2019
“Pelo? Estou fora. Não quero matar animais para fazer Moda. Não me parece correto,” afirmou Donatella em entrevista a Luke Leitch para a revista 1843. Este foi um marco importante para uma marca como a Versace, conhecida pela sua extravagância, e à qual esteve sempre associado o uso de pelo de origem animal.
Burberry, a partir das coleções de 2019
Depois das fortes críticas tecidas à marca britânica, pelo facto de queimar aproximadamente 37 milhões de dólares em roupa, Marco Gobbetti, CEO, em entrevista ao Business of Fashion, afirmou que a partir de 2019 as coleções Burberry não iriam conter qualquer matéria-prima produzida a partir de pelo animal.
Chanel, a partir de dezembro de 2018
Na segunda-feira, 3 de dezembro de 2018, chegou às redações um email que anunciava que a Chanel iria deixar de produzir e vender produtos com peles e pelos exóticos. Sendo assim, tudo aquilo que se viu na passerelle do desfile de Métiers d’Art 2019 foram versões sintéticas de pele de crocodilo e píton - dois dos materiais que a Maison tem usado nos últimos anos.
Gucci, desde a primavera/verão 2018
Este é um grande passo da marca, que pretende reforçar os seus valores, bem como as suas políticas de sustentabilidade. Juntamente com a organização Fur Free Alliance, que atua contra a morte dos animais para o uso das peles, a Gucci usa agora materiais alternativos e levou a leilão todas as peças de origem animal de coleções passadas. O grande anúncio foi feito na conferência Kering Talk, no London College of Fashion, pelo CEO Marco Bizzari, que afirmou que “o nosso compromisso absoluto é tornar a sustentabilidade uma parte intrínseca do nosso negócio.”
Zara, Topshop, H&M e Gap, até 2020 ou mais tardar
Zara, Topshop, H&M e Gap vão deixar de usar este material (mohair) nas suas peças de roupa, fazendo deste um grande passo para a indústria e para o reino animal.
ASOS, a partir de janeiro de 2019
No seu portefólio, acarreta cerca de 850 etiquetas, incluindo a marca homónima de roupa e acessórios. É uma das lojas virtuais com mais entradas e, para acompanhar a demanda de uma indústria mais consciente, decidiu banir tecidos de origem animal como a caxemira, a seda, o mohair e as penas. Importa referir que, anualmente, estas indústrias exploram um elevado número de gansos, cabras e bichos-da-seda para produzir estes têxteis.
Diane Von Furstenberg, a partir de outubro de 2018
A criadora norte-americana anunciou em outubro de 2018 uma parceria com a PETA para que, a partir daquele momento, todas as suas futuras coleções deixassem de conter peles e pelos de origem animal. “Estou muito entusiasmada pelo facto da tecnologia nos dar a oportunidade de nos sentirmos sofisticados sem usar pelo,” afirmou Von Furstenberg, em comunicado de imprensa.
Michael Kors, desde dezembro de 2018
“Devido ao avanço tecnológico temos agora a oportunidade de criar uma estética de luxo sem usar o pelo animal,” afirmou Kors ao Business of Fashion quando anunciou que a sua marca iria deixar de utilizar estes materiais. Juntamente com este anúncio, foi também divulgado que a Jimmy Choo, adquirida pela empresa Michael Kors em julho de 2017, iria também juntar-se ao movimento.
Yoox, desde junho de 2017
O grupo que detém as lojas online mais famosas do universo digital, como a Mr. Porter, a The Outnet e a Net-a-Porter, anunciou que a partir dos mês de junho 2017 não iria vendar mais nenhum produto que tivesse na sua composição pelo de origem animal.
As menções honrosas
Desde 1994 que a Calvin Klein baniu o uso do pelo, Vivienne Westwood é desde 2007 um membro do clube #NoFurBrands, assim como a Ralph Lauren e a Tommy Hilfiger. Já Victoria Beckham e Stella McCartney sempre foram marcas conhecidas por não utilizarem estes materiais nas suas criações.
Noutras iniciativas…
O movimento contra o uso de pelo verdadeiro continua a ganhar seguidores. No dia 20 de março de 2018, a cidade de São Francisco, nos Estados Unidos da América, passou a ser a maior cidade do país a proibir o comércio de pelo verdadeiro. “A venda de produtos em pelo na cidade de São Francisco é incompatível com o ethos da cidade no que toca ao modo como se devem tratar todos os seres vivos,” disse Katy Tang, supervisora do distrito de São Francisco.
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