Uma decisão inevitável e consciente face à pandemia mundial que estamos a enfrentar.
Uma decisão inevitável e consciente face à pandemia mundial que estamos a enfrentar.
Violet Chachki, Stella Maxwell, Bella Hadid, Gwen Stefani, Jeremy Scott e Tracee Ellis Ross © Getty Images
Violet Chachki, Stella Maxwell, Bella Hadid, Gwen Stefani, Jeremy Scott e Tracee Ellis Ross © Getty Images
Há mais de quatro décadas que as primeiras segundas-feiras de maio são sinónimo de glamour e festa. Tudo culpa da Met Gala ou, melhor dizendo, da passadeira vermelha da Met Gala. Anna Wintour, a grande anfitriã do certame desde 1995, transformou-o num evento social e cultural de escala global que nos últimos anos, e devido ao avanço tecnológico, tem sido esmiuçada pelos media digitais. Mas toda esta pompa e circunstância tem um propósito: angariar fundos para o Costume Institute, o único departamento do Met Museum que precisa de se auto-sustentar. “Uma A.T.M. para o Met”, como afirmou o publicista Paul Wilmot.
A decisão de adiar o evento foi anunciada na sequência do encerramento do Met Museum, que decidiu fechar portas no dia 12 de março com o intuito de evitar concentrações de 50 ou mais pessoas, conforme orientação das entidades de saúde devido ao surto do novo coronavírus. Em comunicado, a instituição explicou que “todos os eventos e programas até ao dia 15 de maio estão cancelados ou adiados.”
Desta maneira, na noite de ontem, 16 de março, Anna Wintour anunciou, num artigo publicado no site da Vogue Us, a decisão de cancelar a Met Gala de 2020, e aproveitou também para demonstrar o desagrado pelas palavras de Donald Trump perante toda esta situação e ainda o porquê de Joe Biden, na sua ótica, se classificar como o homem ideal para ser o próximo presidente dos Estados Unidos da América. “Um dia que não chegará dentro do cronograma previsto será a abertura da próxima exposição do Costume Institute, About Time. Devido à decisão inevitável e responsável do Metropolitan Museum de fechar as suas portas, a exposição About Time e a gala da noite abertura não vão decorrer na data prevista. Enquanto isso, na edição de maio [da Vogue US] vamos dar-vos um preview da exposição.”
About Time: Fashion and Duration, nas palavras de Andrew Bolton, é uma exposição que vai oferecer uma “abordagem repleta de nuances e fins abertos. É uma reimaginação da história da Moda fragmentada, descontinuada e heterogénea.” A missão do curador norte-americana é desafiar o espectador a pensar de uma forma diferente sobre a história da Moda. Este ano, a Louis Vuitton foi anunciada como a grande patrocinadora do evento, devido ao grande marco que a maison tem vindo a imprimir na indústria. Nicolas Ghesquière, Lin-Manuel Miranda, Meryl Streep e Emma Stone são os co-chairs que se vão juntar a Anna Wintour no cimo da longa escadaria.
Depois de Camp: Notes on Fashion, que nos proporcionou Lady Gaga a mudar de roupa quatro vezes, Katy Perry a transformar-se num candeeiro andante e Billy Porter com umas asas douradas maiores do que a vida, a passadeira vermelha da Met Gala de 2020 previa-se mais clássica (ou, por outras palavras, intemporal). Em 2019, o evento arrecadou 15 milhões de dólares dos 550 convidados. Para já, vamos ter de esperar.
Recorde a Met Gala 2019, aqui.
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