Rossi fundou uma das marcas mais prestigiadas de sapatos em Itália e inspirou uma geração de designers, incluindo o seu próprio filho Gianvito Rossi.
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A notícia da morte de Sergio Rossi foi avançada por Riccardo Sciutto, CEO da marca, hoje ao WWD. De acordo com a mesma publicação, a causa da morte foi o novo coronavírus. “Ele [Sergio Rossi] estava hospitalizado há alguns dias.” Rossi morreu na cidade de Cesena, em Itália, aos 84 anos. “Foi um grande prazer conhecê-lo. Ele era o nosso guia espiritual e, hoje, é mais que nunca”, afirmou Sciutto.
Sergio Rossi nasceu em 1935, na cidade italiana de San Mauro Pascoli e desde cedo percebeu que o seu futuro passava pelo design de sapatos, seguindo assim as pisadas do seu pai que era sapateiro. Foi com o progenitor que aprendeu todas as técnicas e tradições de um artesão. No início da década de 50 começou a produzir calçado e, mais tarde, em 1968, fundou a marca homónima. Uma decisão que o transformou num dos nomes mais prestigiados do calçado italiano, chegando, inclusive, a colaborar com marcas como Versace, Dolce & Gabbana e Azzedine Alaïa.
As silhuetas do criador italiano foram uma grande inspiração para uma nova geração de designers, incluindo o seu próprio filho, Gianvito Rossi, que trabalhou com o pai até 1999, ano em que a marca foi vendida ao Gucci Group (agora Kering). A indústria do calçado faz parte da família Rossi e o filho Gianvito recordou, na Footwear News Summit de 2019, como foi a sua infância: “Enquanto criança era muito difícil distinguir a diferença entre casa e a fábrica - eram a mesma coisa. Um grande recreio. Eu tinha muitos amigos que estavam a trabalhar para o meu pai. Então era muito divertido.”
Os sapatos Sergio Rossi contabilizam um total de 100 etapas, permanecendo fiel ao savoir-faire incutido pelo designer italiano. Das silhuetas intemporais, como os saltos Godiva, às versões mais extravagantes, como as sandálias Opanca, a sofisticação sempre esteve (e está) presente nas suas criações. “Ele [Sergio] amava as mulheres e conseguiu capturar a feminilidade de uma maneira única. Nunca foi exagerado e sempre teve bom gosto. Os seus sapatos eram sempre usáveis e nunca ficava satisfeito até que as suas criações fossem perfeitas," confessou Riccardo Sciutto, ao WWD. "Uma vez disse-me que queria cria a extensão perfeita da perna da mulher."
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