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Nas bancas: Vogue setembro 2018

05 Sep 2018
By Patrícia Domingues

Diva. Substantivo feminino. 1. Deusa. 2. Mulher formosa. 3. Cantora célebre. Tirámos a definição do dicionário e depois desconstruímos, acrescentámos, moldámos, adaptámos, olhámos para o passado e vislumbrámos a diva do presente e futuro. Spoiler alert: nem sequer precisa de ser uma mulher.

“Mas, afinal, o que é uma diva?”, perguntou ninguém durante o decorrer desta edição. É certo que cada um tem as suas definições próprias do termo. Quando dizemos a palavra e a visualizamos na nossa cabeça os saltos altos vêm calçados em pés diferentes. Mas sabíamos que tinha a ver com poder. Com sedução. Com algum tipo de entidade superior que caminha entre nós, comuns mortais. Sabíamos que “diva” tinha tantas conotações quanto rostos, tantas definições ainda em aberto e em constante mutação, sabíamos que, mais do que uma figura, é uma atitude. E ficámos tão entusiasmados que desdobrámos o conceito em 418 páginas, na maior edição já produzida pela Vogue Portugal.

Estas são apenas algumas das divindades que agraciaram as páginas desta revista.

TendênciasQuer autoridade maior do que o panorama geral do que se passará na próxima estação? Moda, Beleza e Lifestyle - dissecámos as propostas dos designers para a temporada fria em cada secção da revista, percorrendo sugestões de vestuário, maquilhagem e decoração para a casa. Ao que saiu das passerelles e dos principais eventos de design, não resistimos a acrescentar os pozinhos de perlimpimpim a que todas as divas têm direito. Vá-se preparando.

Sarah Jessica Parker e cães adornados com joiasPorque qualquer um deles é digno de um altar. Infelizmente não os conseguimos juntar num artigo só, mas, feitas as contas, é o leitor que fica a ganhar. Entrevistámos aquela que dá pelo nome de um sigla, SJP, e expusemos a nossa admiração (disse admiração? queria dizer amor) numa série de perguntas que todos queremos ver respondidas desde aquele primeiro genérico de Sexo e a Cidade. Quanto às divas de quatro patas, demos-lhes rédea solta para se decorarem com as joias mais exclusivas da estação e o resultado foi cãotástico (ria-se, please). Depois disto nunca mais nenhum destes cães se levantou para comer na tigela: têm de ser carregados ao colo como as divas que apareceram na Vogue que são.

O rosto perfeitoÉ o mais imperfeito possível. Percebeu? É provável que não. Vamos fazer um exercício: pense nos rostos mais marcantes da História. Naqueles que foram considerados universalemnte bonitos. Têm alguma coisa em comum? Nem por isso - e é por isso mesmo que se tornam tão especiais. Entendido? Agora é só tentar perceber de quem falamos na imagem (se quiser fazer batota é só abrir a edição de setembro). 

Gloria doing thingsO que é que fazemos quando damos de caras com um rol de imagens de Gloria Swanson no seu dia a dia? Criamos uma história. Melhor, contamos uma história - até porque, atenção, parte desta fotonovela é baseada em factos verídicos. Há quem o tenha feito com o nosso Presidente da República, há páginas de Instagram que partiram do mesmo mote com Kanye West. Nós escolhemos Gloria Swanson. Porquê? Que pergunta desnecessária. 

 

One to oneMaria Grazia Chiuri, Mariza, Palomo Spain. São as únicas? Não, senhor. Mas são as que tem mesmo de ler. Mariza é a verdadeira diva do fado. Maria Grazia a diva que tornou a Dior verdadeiramente feminina. E Palomo é tão, tão verdadeiro que tudo o que diz, faz e desenha nos soa a magia. Não é exagero, é só a verdade. 

Editoriais de ModaUm, dois, três, quatro... Sinceramente, a certo ponto deixámos de contar. Mentira: são seis editoriais que contam histórias sobre as divas que povoam as nossas cabeças. São retratos da diva que queremos ser, da diva dos nossos sonhos, do poder de sonhar e do quanto a roupa é essencial no meio do processo (es-sen-ci-al). São histórias de vidas, vidas que dão histórias e personagens que representam uma linguagem universal - não só porque muitos dos nossos colaboradores criaram estes editoriais para si de várias partes do mundo, mas porque fazemos todos parte do mesmo. Bem-vindo ao mundo (por vezes não tão mas ainda assim) encantado das divas. 

E ao anoitecerDespertamos para novas formas de vida. Sentimo-nos libertos, despertos, por vezes selvagens (linda, livre, leve e solta, já cantava Pabllo Vittar). Na magia do anoitecer, encontrámos um grupo de pessoas que dão vida a personagens que levaram anos a construir, artistas cujo transformismo é a sua arte, confidências de quem escolheu como profissão o preconceito. Tirámos as drag queens dos palcos para este editorial para a Vogue, com fotografia de Rui Palma. E tem algumas outras surpresas pelo meio... (wink, Lili Caneças, wink)

 

Diz-me qual o teu signoDir-te-ei que diva és. O centro de tudo e todos, se for Carneiro. A rainha das mudanças de humor, caso seja Gémeos. Sedenta de elogios, como as leoninas e librianas, ou renascendo todos os dias como uma fénix, e é óbvio que falamos das aquarianas. Calma, Virgens, nenhum signo ficou de fora: está tudo na página 412. Com ilustração de Nuno da Costa e uma 'pequena' ajuda de Julia de @lookupthestarsastro.

The best is yet to comeDentro de cada revista encontrará um de cinco posters diferentes com fotografias de Branislav Simoncik retiradas super editorial (perdoem-me a falta de isenção) Amor sem barreiras. A escolha é aleatória, por isso só tem duas hipóteses: ou vai comprando Vogue atrás de Vogue em busca do seu preferido ou começa já a sua 'troca de cromos'. Não ter no mínimo dois destes posters na parede da sua sala não é uma hipótese permitida. Arrogante? Eu disse que esta edição era sobre divas.  

Patrícia Domingues By Patrícia Domingues

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