Na maison francesa Givenchy, o designer italiano fez história pela sua irreverência. Transformou a marca numa das favoritas das celebridades e da indústria.
Na maison francesa Givenchy, o designer italiano fez história pela sua irreverência. Transformou a marca numa das favoritas das celebridades e da indústria.
@ via instagram.com/riccardotisci17
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Com o anúncio de Tisci na marca de luxo britânica, o preço das ações subiram para 5%, mas a questão que não nos sai da cabeça é: o que é que isso significa para uma marca como a Burberry?
Há 12 anos, quando entrou pela primeira vez nos escritórios da Givenchy, ninguém sabia o que esperar da visão artística de Riccardo, o italiano que se licenciou, em 1999, na Central Saint Martins, em Londres. Ao longo dos anos, vimos a transformação à frente dos nossos olhos: coordenados fortes, com influências góticas, sem esquecer a grande dose de sensualidade que foi acrescentando a cada peça de roupa.
As suas inspirações juntavam na mesma coleção a fusão entre a Alta-Costura e o streetwear, sem esquecer as inspirações católicas italianas e a sua terra natal. Uma vez mais, é difícil prever aquilo que vai acontecer quando, em setembro de 2018, mostrar a primeira coleção para a Burberry.
Nas últimas apresentações, Christopher Bailey, que ficou durante 17 anos à frente da marca britânica, apostou em looks mais jovens, com vista a criar coleções para as novas gerações. Colaborou com Gosha Rubchinskiy e dedicou-se a criar coordenados para a Moda de rua.
Marco Gobbetti, atual CEO na Burberry (e que já trabalhou com Riccardo Tisci na Givenchy) reforçou que, entre as qualidades do designer italiano, a capacidade de Tisci criar roupa que se misture entre o high fashion e o streetwear era uma das suas vertentes mais fortes. Esta revelação por parte de Gobbetti pode dizer muito sobre o futuro da marca, mas, claro, não passam de meras suposições. O melhor mesmo é aguardar para ver.
Voltamos no tempo e mergulhamos no arquivo de Riccardo Tisci, enquanto diretor criativo na Ginvenchy, para perceber como poderá ser o futuro da Burberry.
Streetwear de luxo
Tisci tem um dom natural para perceber o que é que as gerações mais novas estão a usar e isso é uma ferramenta muito importante quando se está à frente de uma marca com um poder global tão alto como a Burberry. Misturar peças que diariamente vemos na rua com vestidos elaborados é uma das suas melhores qualidades.
Diversidade
Givenchy, outono/inverno 2010
Givenchy, outono/inverno 2010
Na sua segunda apresentação de Alta-Costura, o designer decidiu abrir o desfile com modelos negras, entre elas Liya Kebede e Naomi Campbell. Lançou carreiras de nomes como Joan Smalls, Lakshmi Mendon ou Jourdan Dunn. Deu oportunidade a Kendall Jenner de desfilar pela primeira vez em Paris. Sem esquecer que colocou Léa T, uma modelo transgénero, na campanha de outono/inverno de 2010.
O favorito das celebridades
© Getty Images
As primeiras filas dos próximos desfiles da Burberry vão contar com nomes como Madonna, o clã Kardashian, Kanye West, Rihanna, Courtney Love, Nicki Minaj, Marina Abramovic, Beyoncé e Jay Z, amigos de Riccardo Tisci.
Uma nova era no legado Burberry
Enquanto esteve na Givenchy deixou-se levar pelas inspirações góticas e românticas dos tempos passados, o que o levou a criar vestido estruturados e com um trabalho de costura refinado. Apesar de ter afirmado que tem uma grande admiração pelo legado da Burberry, todos sabemos (e estamos desejosos) para assistir a uma nova era.
Redes sociais, para que vos quero
Muito antes de existir o #Squad de Taylor Swift, o #Gang de Riccardo Tisci já fazia furor um pouco por toda a rede global. Tem cerca de 2 milhões de seguidores e isso é uma janela aberta para alcançar novos públicos, seguidores e até mesmo compradores.
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