Quem apresenta, nomeações histórias, atuações... em suma, o quê, o quem, o quando e o onde. Como? É continuar a ler.
Quem apresenta, nomeações histórias, atuações... em suma, o quê, o quem, o quando e o onde. Como? É continuar a ler.
Michelle Yeoh na 91ª edição dos Óscares, 2019. © Getty Images
Michelle Yeoh na 91ª edição dos Óscares, 2019. © Getty Images
Ainda não se sabe se a cerimónia de 2023 será tão controversa como a de 2022 (lembra-se do slapgate entre Will Smith e Chris Rock?), mas há detalhes que não precisa de esperar até 12 de março*, serão em que decorre a 95ª edição dos Academy Awards, para descobrir.
Quando e onde decorrerá a cerimónia?
Domingo, 12 de março de 2023, no Dolby Theatre, em Los Angeles.
Quem é o host?
Jimmy Kimmel. Depois de no ano passado a gala ter contado com um trio de apresentadoras - as comediantes Amy Schummer, Regina Hall e Wanda Sykes -, este ano, o evento, que regressa ao Dolby Theatre, Los Angeles, vê o formato a solo regressar na pessoa do apresentador norteamericano, o host para esta edição dos prémios. "Ser convidado para apresentar os Óscares pela terceira vez é ou uma grande honra ou uma armadilha. De qualquer forma, sinto-me grato à Academia por me convidar tão rapidamente depois de todos os bons dizerem não”, brincou o comediante numa declaração de novembro de 2022. Kimmel, que apresentou a cerimónia em 2017 (ano em que La La Land foi anunciado como Melhor Filme, mas afinal o vencedor correto seria Moonlight) e em 2018, regressa agora para fechar o tríptico, num evento que já é histórico nas nomeações. Curiosamente, Chris Rock (que já foi host em em 2005 e 2016) terá dito numa atuação, à audiência, que recusou a oferta para ser o host da cerimônia deste ano, segundo o The Hollywood Reporter.
Que estrelas entregarão prémios?
Kimmel não sobe ao palco sozinho: como já é apanágio do certame, outras estrelas juntam-se ao anfitrião para anunciar cada vencedor. Halle Bailey, Antonio Banderas, Elizabeth Banks, Jessica Chastain, John Cho, Andrew Garfield, Hugh Grant, Danai Gurira, Salma Hayek Pinault, Nicole Kidman, Florence Pugh e Sigourney Weaver são os mais recentes nomes revelados, e juntam-se a um rol previamente divulgado que inclui Riz Ahmed, Emily Blunt, Glenn Close, Jennifer Connelly, Ariana DeBose, Samuel L. Jackson, Dwayne Johnson, Michael B. Jordan, Troy Kotsur, Jonathan Majors, Melissa McCarthy, Janelle Monáe, Deepika Padukone, Questlove, Zoe Saldaña e Donnie Yen.
Quem está nomeado?
O filme Everything Everywhere All at Once recebeu o maior número de nomeações aos Óscares - se arrecadar todas, leva para casa 11 estatuetas, incluindo Melhor Filme, Melhor Atriz (Michelle Yeoh), Melhor Ator Secundário (Ke Huy Quan) e Melhor Atriz Secundária (Jamie Lee Curtis e Stephanie Hsu). Depois, no pódio das nomeações, segue-se o drama de Martin McDonagh, The Banshees of Inisherin, e o filme de guerra alemão All Quiet on the Western Front, cada um com nove indicações.
Importa lembrar que, entre os nomeados, há um português: Ice Merchants, realizado por João Gonzalez e produzido por Bruno Caetano, é o primeiro filme nacional nomeado para um Óscar, na categoria de Melhor Curta-Metragem de Animação. O filme tornou-se uma das poucas curtas-metragens de animação portuguesa com estreia mundial na Semana da Crítica do Festival de Cannes (depois de “Os Salteadores”, 1994, “Estória do Gato e da Lua”, 1995, e “Água Mole”, 2017) e o primeiro de todos a ser aí premiado, com o Leitz Cine Discovery, que distingue a melhor curta-metragem em concurso.
Outras nomeações dignas de assinalar incluem Angela Bassett, que faz história ao tornar-se a primeira atriz da Marvel a receber uma nomeação pela sua atuaçãoem Black Panther: Wakanda Forever, bem como todos na categoria de Melhor Ator - que inclui Brendan Fraser, Colin Farrell, Paul Mescal, Bill Nighy e Austin Butler - que se estreiam como nomeados da Academia. As nomeações de 2023 também foram magnânimes na representação da AAPI (Asian American and Pacific Islanders), com Michelle Yeoh, Ke Huy Quan e Stephanie Hsu nomeadas por Everything Everywhere All At Once, bem como Hong Chou por The Whale. Yeoh fez história como a primeira atriz asiática a ser indicada para Melhor Atriz, enquanto Judd Hirsch, com 87 anos, é o segundo mais velho ator a ter uma nomeação aos Óscares.
A lista completa de nomeações (e algumas previsões da Vogue) estão aqui.
O que há de controverso este ano?
Além dos habituais desprezos e surpresas (há sempre espaço para se criticar as seleções da Academia - e ainda bem), o maior alvoroço deste ano tem sido o debate em torno da inesperada nomeação de Andrea Riseborough para melhor atriz. Riseborough foi indicada para o drama independente do Texas To Leslie numa performance rodeada de estrelas de Hollywood estabelecidas. Quando duas outras candidatas a melhor atriz – Danielle Deadwyler (“Till”) e Viola Davis (“Woman King”) – foram desprezadas, muitos viram nisso um reflexo do preconceito racial na indústria cinematográfica. A academia lançou um inquérito sobre a nomeação, mas não encontrou motivo para rescindir a indicação.
E mais?
John Williams (The Fabelmans), candidato a melhor banda sonora, é o nomeado mais velho de sempre, com 90 anos. Após as históricas vitórias consecutivas de melhor realizador de Chloé Zhao (Nomadland) e Jane Campion (The Power of the Dog), nenhuma mulher foi indicada este ano para melhor realizador.
Quem sobe ao palco para atuar?
Até agora, quatro dos cinco indicados para Melhor Canção Original anunciaram que estarão no palco a defender o seu tema com uma interpretação ao vivo. Recém-saída do seu recente e afamado espectáculo no half-time do Super Bowl, Rihanna coloca-se novamente sob os holofotes para entoar o single "Lift Me Up", de Black Panther: Wakanda Forever. "This Is a Life", de Everything Everywhere All at Once, será interpretada por David Byrne, Son Lux e a atriz Stephanie Hsu, que substitui o artista original Mitski. A atriz Sofia Carson será acompanhada por Diane Warren para uma interpretação de "Applause" de Tell It Like a Woman, e "Naatu Naatu" de RRR também será apresentada na cerimónia. A única artista que não cantará no evento é Lady Gaga, vencedora do Óscar de 2019 nesta mesma categoria, porque se encontra na rodagem do filme e a exigência da performance a que já habituou o público não seria compatível com a exigência das correntes filmagens, confirmou ontem a Academia. Gaga está nomeada este ano pelo hit de Top Gun: Maverick, "Hold My Hand". Fora dos nomeados, e como habitual, a Academia prestará homenagem às estrelas que perdemos desde a transmissão do ano passado, num segmento in memoriam que contará com uma atuação do icónico Lenny Kravitz.
Como posso assistir à cerimónia de entrega de prémios?
Os Óscares 2023 são transmitidos ao vivo pela ABC e a cerimónia também estará disponível para assistir através de serviços de streaming como Hulu Live TV, YouTube TV, AT&T TV, FuboTV e em ABC.com. Em Portugal, é a RTP1 que transmite a gala (para outros países fora dos EUA, a plataforma Oscar.org oferece a lista de operadores/canais que transmitem o evento). A RTP1 terá uma emissão especial conduzida por Mário Augusto, numa espécie de antevisão da noite, com a presença de convidados em estúdio. As portas do Dolby Theatre irão abrir-se depois por volta da 1h (na madrugada de 12 para 13, na hora portuguesa) e deverão terminar pelas 4h.
Existe um pré-show?
Claro. A mítica passadeira vermelha. A ABC News apresentará On the Red Carpet Live: Countdown to Oscars 95, um evento pré-show que decorre a partir das 20h até sensivelmente às 23h30 (horário português). Em seguida, Ashley Graham, Vanessa Hudgens e Lilly Singh juntam-se para apresentar a contagem decrescente para o evento, num especial de 90 minutos que destaca os nomeados, artistas e apresentadores da noite, além de dar aos fãs uma visão dos bastidores da maior noite de Hollywood.
E ainda...?
O slapgate foi, sem dúvida, uma preocupação, mas a Academia "quer seguir em frente" - o primeiro passo foi banir Will Smith dos seus eventos por uma década e criar um gabinete de crise para a edição que se avizinha. Bill Kramer disse que, como a cerimónia de 2023 é o "95º aniversário do show, queremos voltar a um evento que homenageia o cinema e os 95 anos dos Óscares". "É um momento para realmente refletir sobre a Associação, todas as áreas, a nossa indústria em mudança, os nossos fãs", acrescentou o CEO da Academia. Será o "regresso a um espetáculo que se trata do amor pelo cinema, cinema internacional, diversos artistas" e revelou que "haverá ser algumas grandes surpresas." A Academy of Motion Picture Arts and Sciences anunciou, também, algumas mudanças no programa depois da polémica transmissão de 2022. Desta vez, as 23 categorias serão apresentadas na íntegra ao vivo no evento, uma vez que a decisão do ano passado de pré-gravar oito delas provocou reação dos profissionais da indústria. Outra alteração, bem-vinta, é a de que a Academia usará os seus elementos da sem bilhetes para ocupar lugares vazios. Esta mudança surge na sequência de uma sugestão de um membro da Academia frustrado com o sistema de lotaria anual de bilheres para o evento.
*Acompanhe a red carpet e o rescaldo do evento aqui no Vogue.pt e no nosso Instagram.
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