Cinco designers nacionais emergentes ganham espaço na cobiçada fashion week italiana Altaroma.
Cinco designers nacionais emergentes ganham espaço na cobiçada fashion week italiana Altaroma.
Foi nesta quinta-feira, 28 de junho, que Daniela Pereira, Joana Braga, Mara Flora, Maria Meira e Nycole desfilaram no espaço Studio di Cinecittà, Teatro 10 (Via Vincenzo Lamaro, 30), integrando a semana de Alta Moda da cidade italiana no âmbito do Fashion Hub da Altaroma, uma iniciativa que pretende divulgar e impulsionar o trabalho de jovens criadores. Dedicado ao scouting, apoio e promoção de novos talentos, as etiquetas nacionais apresentaram as suas propostas para a estação quente de 2019. Esta é a quarta vez que o Portugal Fashion marca presença, em Roma, nestes parâmetros.
“O Portugal Fashion é uma rampa de lançamento fundamental para os novos projetos de moda portuguesa, mas há muito que a sua dimensão não se cinge apenas a solo nacional. Com efeito, a aposta na internacionalização é uma das prioridades do projeto, que não só pretende facilitar o acesso dos jovens criadores ao circuito da moda no seu país, como também colocar as suas marcas no panorama da moda internacional e assegurar a sua promoção nos mercados externos, com todas as oportunidades que essa exposição certamente proporciona”, afirma o Presidente da ANJE – Associação Nacional de Jovens Empresários, Adelino Costa Matos. “A parceria com o Fashion Hub de Altaroma, no qual assinalamos agora a quarta participação consecutiva, tem um papel importantíssimo no caminho para a internacionalização dos nossos jovens designers e prova, também, o interesse do mercado italiano pela moda portuguesa e pela sua consequente renovação, o que constitui um motivo de orgulho para nós”, conclui o responsável.
Descubra as propostas dos nomes portugueses em Roma, abaixo. As coleções voltarão a ser apresentadas na sua versão completa, em outubro, na plaraforma Bloom do Portugal Fashion, no Porto.
Daniela Pereira
PINA intitula esta coleção de primavera-verão 2019 que homenageia as principais peças da coreógrafa e dançarina Pina Bausch. Com foco nos volumes e cores das peças que mais marcaram Daniela Pereira na sua carreira - Orfeu e Eurídice, Café Muller, Cravos e A Sagração da Primavera são os destaques desta estação - cores como preto, rosa, bege, bordeaux, verde são os tons que marcam os jogos entre volumes e entre o fluido e o estruturado, tal como acontece no bailado.
e. danielavelosopereira@gmail.com t. 962254747
Joana Braga
Procrastinar. É disso que nos fala a criadora, inspirando-se na linguagem e mood do filme de 1967, La Collectionneuse de Éric Rohmer, passado num verão quente na costa francesa que é traduzido em peças oversized, relaxadas e fluidas, sobrepostas a peças em malha justas reminiscentes dos fatos de banho dos anos 60. O mote da estação surge ainda no contraste, que explora explorado graficamente, entre o sentimento de prazer em adiar uma tarefa e o consequente sentimento de culpa por não concretizá-la: peças de ombros caídos e silhuetas desleixadas materializam esta ideia de aborrecimento e dos dias longos de verão.
e. joanadcbragaa@gmail.comt. 912341889
Mara Flora
O filme The Pillow Book dá o mote para as linhas de primavera-verão 2019 de Mara Flora, que bebe do universo cultural de Hong Kong dos anos 90 e da sua intensa profusão visual para criar uma coleção que une o tradicional ao contemporâneo. O vermelho e o pérola dominam as propostas em silhuetas dominadas por folhos, assimetrias e pelo contraste entre o largo e o longo e o justo e curto.
e. mara.flora.c@gmail.comt. 912508325
Maria Meira
Inspirada em obras de Shai Langen, um artista plástico que transforma e modela o corpo humano de uma forma performativa e intuitiva, recorrendo a experiências e ao uso de materiais diferentes, como a pasta de papel de parede e tinta acrílica, norteia uma estação quente marcada pelo minimalismo. Tecidos transparentes que sugerem intimidade e expõem a pele, bem como cordões circulares que contrastam com a ideia de exposição e liberdade, como amarras – representando a ideia de proteção quando alguém não está totalmente consciente de si -, a escolha da palavra SUB, gravada nas percintas, reforça esta última ideia de subordinação e, até, de inferioridade. O objetivo com estas peças leves, transparentes, etéreas, é que transmitam uma sensação de pureza ao espetador e, em simultâneo, uma ideia forte de ingenuidade, falta de confiança e de vergonha, consequência do vislumbre de uma certa nudez.
e. maria_rmm10@hotmail.com t. 914866676
Nycole
Os anos 70 marcam a inspiração da primavera-verão 2019 da marca, sob duas vertentes: os uniformes de equipas de baseball - silhuetas oversized, sobreposições, riscas e camisas assumem-se como peças-chave - e a banda de rock psicadélico Led Zeppelin, que influenciou a paleta de cores e os materiais da coleção. As malhas e as tonalidades quentes contribuem para confirmar a influência dos seventies.
e. design@nycole.pt | geral@nycole.pt t. 914 253 840
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