O Bloom é o espaço dedicado ao talento emergente do país, apresentado no Portugal Fashion, que dá a conhecer o trabalho dos jovens designers saídos das escolas ou a evolução dos que já apresentaram as suas coleções anteriormente.
O Bloom é o espaço dedicado ao talento emergente do país, apresentado no Portugal Fashion, que dá a conhecer o trabalho dos jovens designers saídos das escolas ou a evolução dos que já apresentaram as suas coleções anteriormente.
As Escolas
A EMP abriu este desfile com o cenário urbano de Nomads of The Future de Filipe Cerejo e a aproximação de duas visões num trabalho com referência a Balkan Erotic da artista Marina Abramovic na Untitle de Mariana Serra e Patrícia Shim.
Catarina Lemos e Carla Bessa representaram a escola Cenatex com propostas que procuravam explorar a escuridão nas suas várias formas com as coleções The Gun Club Edition e Noir, respectivamente. Hyena Scar por Edgar Silva e Fusion de Joana Branco, pela ESART/IPCB, de inspiração em artistas para a construção das suas coleções. Pela FAUL, Marta Santa Marta, na procura da identidade pessoal com a conjugação da arquitectura com o minimalismo. O desfile da ESAD, com dois conceitos diferentes: a Under~Water de Ana Sarmento que explora o mundo subaquático e os desportos associados, e Tetra Foam de Ana Sousa com uma modernização dos clássicos. Por fim, mas não menos importante, a MODATEX com a coleção Fallout de Opiar inspirado no jogo Fallout 4 que remete para uma paranóia nuclear vivida nos anos 50. Patrícia Brito apresenta a Shymphonie Pour Un Homme Seul com a construção de um espaço que explora o homem e o meio envolvente como o centro da história.
In Bloom
Ode to Matisse, por Maria Kobrock, é uma coleção inspirada no Fauvismo e na celebração da vida representada no quadro Bonheur de Vivre de Matisse.
Joana Braga apresentou a Cat Fight com foco no corpo feminino nas suas várias formas com peças volumosas e e elementos femininos como soutiens, cintas e vestidos de noite.
De inspiração no workwear dos anos 50, David Catalán jogou o denim e os impermeáveis com uma paleta de cores vibrantes como o amarelo, azul e verde com tons mais neutros.
Inês Torcato continua a explorar o conceito de auto-retrato e de partilha da identidade sob uma mistura de texturas e materiais com uma paleta de cores neutras como o preto, cru, branco e azul.
A coleção de Olimpia Davide recorda os verões que passou com os seus avós. A casa onde viviam serviu de inspiração para as cores, onde o preto e o branco contrastam com os dourados, e as peças de roupa usadas pelos avós estavam representadas nos tecidos e materiais usados.
Perfect Strangers é uma coleção que explora o encontro entre dois estranhos e na forma como estes se adaptam um ao outro. Essa fusão de duas identidades é visível nas suas propostas de Beatriz Bettencourt que incluem peças que se misturam e incorporam umas nas outras.
Nycole conta a história da dupla iraniana de Dj’s Blade&Beard que partilhavam o sonho de tocar na Europa, face às restrições do Irão na produção de música eletrónica. A cultura e a opressão vivida no país está representado pelas cores quentes, padrões paisley e detalhes militares. As peças de sportwear simbolizam o estilo de vida europeu e a liberdade tão desejada.
O destaque da coleção de Sara Maia vai para o uso das cordas como elemento cheio de cor que sobressai na paleta de tons neutros. Looks de estética simples e com inspiração militar compõem as propostas da designer para a primavera-verão 2018.