Prada: primavera/verão 2021

Este não era o desfile mais aguardado da Semana de Moda de Milão, este era o desfile mais aguardado do fashion month.

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Quando, em fevereiro passado, foi anunciado que Raf Simons se iria juntar a Miuccia Prada como co-diretor criativo da Prada, a indústria da Moda gritou em uníssono ”yey!”. Em janeiro, quando ainda o mundo não se tinha sucumbido a um vírus que tomou conta do nosso dia a dia, especulava-se que Simons estaria em conversações com uma grande marca italiana para voltar à linha A da indústria, depois de deixar, no final de 2018, a Calvin Klein. Prada e Simons são duas potências fortíssimas e com uma visão muito bem afinada sobre a Moda e esta união deixou-nos com grandes expectativas.

Não fosse esta uma Semana de Moda atípica e este desfile seria um happening como só os italianos sabem organizar. Numa sala inteiramente amarela, com ecrãs e câmaras suspensas, a primeira coleção Prada imaginada a quatro mãos foi revelada. Uma coleção que uniu os dois lados da moeda de uma forma bastante homogénea, sem anular nenhuma das partes. Um diálogo que, certamente, entrará nos livros de história.

Os casacos oversized adornaram grande parte dos coordenados que pisaram esta passerelle, o famoso triângulo Prada cresceu, os hoodies gritam WFH e, por sua vez, as turtlenecks gritam Raf Simons. Numa coleção coesa, Raf Simons e Miuccia Prada deram um pontapé de saída certeiro nesta colaboração. “Queríamos criar alguma coisa que fizesse sentido para as pessoas, alguma coisa que dê para usar. Tudo aquilo que fazemos deve ajudar as pessoas a viver melhor,” confessou Miuccia Prada sobre esta coleção à Vogue US.