O Museu da Fundação Calouste Gulbenkian mantém o seu legado vivo e traz uma nova exposição que promete deslumbrar qualquer desejo de requinte.
René Lalique, mestre na arte do vidro, foi um grande influenciador da arte nova e arte deco do início do século XX. O seu estilo único é reconhecido globalmente. O Museu da Fundação Calouste Gulbenkian mantém o seu legado vivo e traz uma nova exposição que promete deslumbrar qualquer desejo de requinte.
"O nome Lalique evoca o esplendor da joalheria, a maravilha da transparência e o brilho do cristal". É assim que o site do universo Lalique abre a página em que se conta a história do seu criador. René Lalique é o génio de renome no mundo da arte do vidro e joalheria. O artista francês, nascido em 1860, após ter estudado na Escola de Artes Decorativas em Paris e continuado os seus estudos em Londres por mais dois anos, começou o seu trabalho como designer de joias para as grandes maisons francesas, como a Cartier e a Bucheron. A partir daí, rapidamente se estabeleceu como artista e quebrou a tradição do fim do século XIX ao trazer originalidade e criatividade para as suas peças, combinando ouro com pedras preciosas, madrepérola e marfim com vidro. As suas obras tornaram-se objetos de desejo para a alta sociedade e o seu trabalho elogiado pelos seus colegas de profissão. O luxo tornou-se então sinónimo de qualquer produto Lalique.
Das várias colaborações e conhecimentos que traçou, a amizade com Calouste Gulbenkian permitiu ao engenheiro colecionar quase toda a obra do artista até 1927. Entre jóias, vasos, objetos decorativos e peças de Alta-Joalheria, a grande inspiração de Lalique era a natureza. A sua admiração pela beleza da fauna, flora e figuras femininas vê-se refletida ao longo da sua obra. Lalique foi um verdadeiro poeta do vidro, as suas obras ainda inspiram muitos artistas e encantam qualquer um que se depare com a magnifica combinação de cores, materiais e formas típicas dos seus trabalhos.
A exposição René Lalique e a Idade do Vidro, que reúne perto de uma centena de obras é inteiramente dedicada ao artista francês, algo que o Museu da Fundação Calouste Gulbenkian não fazia desde 1988. As peças são da coleção do fundador do Museu Lalique e, também, de algumas coleções particulares do mundo. A exposição separa a carreira do artista em duas fases do século XX: a primeira, Exposição Universal de 1900, retrata o período mais artesanal de joalheiro; a segunda, Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais Modernas de 1925, foca-se no período da vida em que Lalique passou a dedicar-se unicamente ao vidro.
A exposição, com curadoria de Luísa Sampaio, está patente até 01 de fevereiro de 2021 na Galeria do Piso Inferior e tem entrada gratuita. Se procura um pouco de encanto para o seu próximo passeio cultural, deixe-se maravilhar pelo mundo luxuoso de René Lalique.