Uma pequena Versailles em plena capital portuguesa, a Ladurée abriu as suas portas na Avenida da Liberdade em 2017, mas a sua história data ao ano de 1862, pela mente de Louis Ernest Ladurée.
Uma pequena Versailles em plena capital portuguesa, a Ladurée abriu as suas portas na Avenida da Liberdade em 2017, mas a sua história data ao remoto ano de 1862.
Falar sobre uma das mais famosas pastelarias de luxo francesas é falar de Louis Ernest Ladurée, o homem que abriu o primeiro capítulo deste livro de histórias. Inicialmente uma padaria, a Ladurée estabeleceu-se em 1862, no número 16 da Rue Royale em Paris. Em 1871, como consequência de um incêndio, o espaço transformou-se numa pastelaria, decorada pelo artista e pintor Jules Chéret, que se inspirou nas técnicas de pintura usadas nos tetos da Capela Sistina e da Ópera Garnier.
Numa época em que Paris fervilhava com as propostas de entretenimento que tomavam conta da capital francesa, os cafés tornavam-se cada vez mais glamourosos e luxuosos. As mulheres, tal como a cidade, estavam também a mudar: queriam sair, criar novos laços e conhecer novas companhias, mas os salões e ciclos literários estavam já desgastados e fora de moda. Foi aí que Jeanne Souchard, mulher de Louis Ernest Ladurée, teve a ideia de misturar estilos, transformando o café e pastelaria parisiense no primeiro salão de chá da cidade, e num espaço onde as mulheres se podiam encontrar em total liberdade.
A atmosfera refinada e histórica da Ladurée, que ganhou ainda mais reconhecimento em meados do século XX com Pierre Desfontaines, o criador do primeiro double decked macaron, preenchido com ganache de chocolate, captaram a atenção de David Holder e do seu pai, Francis Holder. Em 1993, o grupo Holder, fundado por Francis, comprou a Ladurée, transformando-a num nome de culto e numa marca internacional, sinónimo de elegância parisiense.