Dos 8 aos 80, poucos são aqueles que se dizem indiferentes a este fenómeno que não precisa de um sobrenome.
Crazy in Love, Single Ladies, Run The World (Girls) e If I Were a Boy deixaram de ser apenas músicas para se transformarem em verdadeiros hinos a uma geração que se rendeu aos encantos das composições musicais da cantora norte-americana e, claro, à sua presença em palco. Dos 8 aos 80, poucos são aqueles que se dizem indiferentes a este fenómeno que não precisa de um sobrenome.
© Getty Images
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Num momento onde os leaks e as quebras de confidencialidade são cada vez mais difíceis de gerir, Beyoncé é o nome que melhor consegue contornar estas situações. Beyoncé (2013) e Lemonade (2016), os dois últimos álbuns da norte-americana, foram gravados sem se saber que o estavam a ser. Viram a luz do dia de surpresa e ainda conseguiram alcançar o topo nas tabelas de venda - um mérito que se deve ao talento hoje em dia inquestionável e a uma boa (ou melhor, excelente) estratégia de marketing de Beyoncé e de toda a sua equipa.
Foi com as Destiny’s Child que se cimentou numa indústria, predominantemente liderada por nomes masculinos. Ao lado de Kelly Rowland e Michelle Williams deu os primeiros passos na indústria musical, esgotou arenas e protagonizou alguns dos melhores momentos de estilo da década de 2000.
Dangerously in Love viu a luz do dia no ano de 2003 e com ele Crazy In Love, Naughty Girl e Baby Boy, três dos singles extraídos do primeiro disco de Beyoncé - letras que ainda hoje sabemos de trás para a frente. Seguiram-se B’Day (2006), I Am… Sasha Fierce (2008), 4 (2011) e os já mencionados Beyoncé e Lemonade. Mais recentemente, em 2018, em conjunto com Jay-Z, o marido, chegou Everything is Love, um disco onde celebram o amor depois de um momento conturbado na vida pessoal deste que é, por muitos considerado, o casal mais poderoso da indústria musical. Este ano, lançou também de surpresa Homecoming um documentário sobre a sua performance no Coachela acompanhado de um álbum ao vivo com as músicas do mesmo concerto.
Em palco é uma força da natureza. Aguenta uma pauta musical repleta de oscilações - um feito que, confessou a própria, deve ao seu pai, Mathew Knowles, e aos ensaios intensivos que o progenitor comandava: para melhorar o fôlego de Bey, Mathew obrigava a filha a correr 1.5 km enquanto cantava. Se a música lhe corre nas veias, a dança não é deixada ao acaso, que o digam todos os que já tiveram a oportunidade de assistir a um dos seus concertos.
Fora do palco, o seu trabalho também dá frutos. Participou em filmes como Dream Girls (2006), Cadilac Records (2008) e Obsessed (2009). Em 2019, deu voz à Nala no live action d'O Rei Leão e produziu um disco inspirado na emblemática história da Disney. Fundou a sua própria empresa, Parkwood Entertainment, no ano de 2008 pouco antes de despedir o pai para assumir o controlo da sua carreira. Lançou linhas desportivas (Ivy Park) em colaboração com a Topshop e envolve-se, regularmente, em causas sociais, entre elas a luta pela igualdade de género e o fim da discriminação racial.
Hoje, celebra o seu o 38º aniversário e o melhor é celebrar a data com uma lista dos momentos mais marcantes na sua carreira - que já conta com 22 anos.
1. Não havendo registos dos momentos em que Beyoncé cantava no cabeleireiro da mãe Tina Knowels, a participação da norte-americana no programa Star Search é classificada como a primeira performance da cantora. Ao lado de Kelly Rowland e das restantes integrantes do grupo Girls Tyme, Beyoncé perdeu esta competição para a banda Skeleton Crew.
2. Depois de terem assinado contrato com a Columbia Records, as Girls Tyme passam a ser Destiny’s Child com Beyoncé, Kelly Rowlland, LaTavia Roberson e LeToya Luckett.
3. Bills, Bills, Bills, faixa retirada de The Writing’s on the Wall, consegue o número 1 do Billboard Hot 100.
4. Em 2001, já as Destiny’s Child estavam mais cimentadas do que nunca, o grupo brindou o público com Bootylicous e a célebre frase: “Cause my body is too bootylicous for you babe”. O sucesso desta estrofe foi tão mediático que, cinco anos depois, o vocábulo foi introduzido em vários dicionários ingleses.
5. Independent Women Part 1, música que fez parte de Charlie’s Angels, ficou no topo da Billboard durante 11 semanas consecutivas.
6. No ano de 2002, depois de anunciado um hiato das DC, os rumores apontavam para o nascimento de uma carreira a solo por parte de Beyoncé.
7. Dangerously in Love, o primeiro álbum solo de Beyoncé, foi um fenómeno mundial e rendeu-lhe 5 Grammy Awards.
8. Destiny Fulfilled é anunciado como o último álbum do grupo e Beyoncé entra em estúdio para gravar o sucessor de Dangerously in Love.
9. A 4 de setembro de 2006, a norte-americana completava 25 anos e para celebrar o seu aniversário lançou B’Day, disco de onde foram extraídos hits como Irreplaceable, Déjà Vu e Beautiful Liar.
10. Depois de uma relação muito discreta com o rapper Jay-Z, os dois decidem casar a 4 de abril de 2008 numa cerimónia intimista, cujas primeiras imagens só foram reveladas no palco da primeiro digressão mundial conjunta, a On the Run Tour (2014).
11. Em 2009, a cantora é contratada para cantar At Last de Etta James para o então Presidente Barack Obama e Michelle Obama.
12. Beyoncé colaborou com Michelle Obama numa campanha contra a obesidade infantil, para celebrar esta parceria a cantora relançou Get Me Bodied e transformou-a em Move Your Body.
13. Durante a edição de 2011 dos MTV Video Music Awards, no final da atuação de Love on Top, a cantora norte-americana revela que está grávida.
14. A 7 de janeiro de 2012, Blue Ivy Carter vê a luz do dia.
15. Em novembro de 2012, Beyoncé junta-se ao Instagram e a primeira fotografia partilhada pela cantora é um endorsement à reeleição de Obama.
16. Em 2013 foi acusada de usar playback. A resposta? Está no vídeo abaixo.
17. Depois de atuar na XLVII edição do Superbowl, o estádio teve uma descarga tal que ficou sem energia nos minutos seguintes.
18. Life Is But a Dream é o primeiro documentário onde Beyoncé revelou a sua faceta mais privada, incluindo o aborto que sofreu antes de conseguir engravidar de Blue Ivy.
19. A 13 de dezembro de 2013, lança Beyoncé de surpresa. É o primeiro álbum visual da norte-americana.
20. Em 2014, recebe o Michael Jackson Video Vanguard Award e, para celebrar esse feito, prepara um medley com todas as faixas do álbum homónimo.
21. Ainda no ano de 2014, foi indicada como uma das 100 Pessoas Mais influentes do Mundo, estrelando assim a capa da revista norte-americana Time.
22. On The Run Tour, a primeira tour mundial do casal Beyoncé e Jay-Z, rendou cerca de 100 milhões de dólares.
23. Em setembro de 2015, sagrou-se a primeira mulher negra a protagonizar a capa da edição desse mês da Vogue norte-americana.
24. A 23 de abril de 2016, ao invés de nos surpreender com um novo álbum visual, Beyoncé foi mais além e, em colaboração com a HBO, lança Lemonade acompanhado de um filme televisivo de cerca de uma hora.
25. Na edição de 2016 dos VMA’s apresenta um medley com algumas faixas e Lemonade - outro grande momento na carreira de Queen B.
26. No dia 1 de fevereiro de 2017, anuncia a segunda gravidez numa publicação no Instagram que lhe rendeu mais de 11 milhões de likes.
27. Em 2018, entra em digressão com o Jay-Z e, de surpresa, lançam Everything Is Love, o primeiro disco conjunto do casal.
28. Para a história, fica a atuação de Beyoncé na edição de 2018 do Coachella, onde foi a primeira mulher negra a ser cabeça de cartaz do festival.
Com um historial como o de Beyoncé, é provável que esta lista se alongue nos próximos meses.