Para celebrar a inauguração da exposição Mademoiselle Privé em Tóquio, a realizadora norte-americana editou um vídeo com imagens de arquivo da Chanel. Trata-se de um trabalho que homenageia a fundadora da maison ao mesmo tempo que oferece uma visão contemporânea da casa francesa.
Para celebrar a inauguração da exposição Mademoiselle Privé em Tóquio, a realizadora norte-americana Sofia Coppola editou um vídeo com imagens de arquivo da Chanel. Trata-se de um trabalho que homenageia a fundadora da maison ao mesmo tempo que oferece uma visão contemporânea da casa francesa.
“A Moda desaparece, o estilo permanece”, dizia em tempos Gabrielle Chanel, a mulher que pegou a indústria da Moda pelos colarinhos e lhe deu um valente abanão, rompeu barreiras de estilo e ainda fez com que um par de calças se tornasse num essencial do guarda-roupa feminino. O seu contributo foi de tal maneira imponente que o nome Chanel — e, consequentemente, toda a identidade que imprimiu na marca que fundou — continuam a fazer jus a tudo aquilo que construiu. Recordemos: em 1921, Gabrielle apresentou ao mundo agora ultra-famoso Nº5; em 1926, numa época em que o preto era reservado para os momentos de luto, o petite robe noir via a luz do dia; no mesmo ano o little black jacket surgia nas coleções de Alta-Costura; depois, em 1932, lançou a primeira coleção de Alta-Joalharia. Estes são apenas quatro exemplos do vanguardismo que Coco fazia questão de imprimir nas suas criações. Uns anos depois da sua morte, Karl Lagerfeld assume as rédeas da Maison francesa e não só continua o trabalho e legado da fundadora, como injeta uma dose de adrenalina numa marca que todos diziam estar morta.
O glamour, a essência e o carisma de Gabrielle Chanel são agora homenageados por Sofia Coppola num vídeo editado e montado pela realizadora norte-americana. Fotografias, excertos de anúncios publicitários e filmes dos arquivos da marca francesa dão vida a este trabalho. “Fiz uma montagem através dos arquivos da Chanel para conseguir capturar a essência da Chanel, aquilo que Coco começou e que Karl e Virginie continuaram; queria trazer a visão moderna de Coco para as mulheres de hoje”, diz Coppola, em comunicado de imprensa.
In homage to Mademoiselle arranca com o anúncio de 1979 do perfume Nº5, protagonizado por Catherine Deneuve, que termina o vídeo dizendo: “Nunca mude nada”. Seguem-se imagens de momentos importantes para o universo Chanel: das coleções de Alta-Costura de Karl Lagerfeld à criação da coleção de Alta-Joalharia Bijoux de Diamants, passando por algumas das musas de Casa, como Kristen Stewart, Lily-Rose Depp, Tilda Swinton, Julianne Moore, Marylin Monroe e Romy Schneider. “Eu gosto de fazer montagens, eu adoro o processo de edição, este caso passou muito por reunir todo o material que queria e depois encontrar uma música com a mesma energia”, confessou a realizadora à Vogue norte-americana. A música escolhida por Coppola para ilustrar este vídeo é da autoria da canadiana Grimes,Oblivion.
A relação entre a Chanel e Sofia Coppola começou quando a atriz francesa Carole Bouquet, que era amiga do pai de Sofia, Francis Ford Coppola, apresentou a jovem a Karl Lagerfeld. O kaiser ofereceu-lhe um estágio nos estúdios criativos da marca e desde então a ligação Chanel-Sofia Coppola manteve-se sempre forte, com a realizadora a surgir nas primeiras filas dos desfiles da marca e, também, em projetos ligados à Chanel, como foi o caso do livro The Little Black Jacket, fotografado por Lagerfeld.
A exposição Mademoiselle Privé, inteiramente dedicada ao universo da maison francesa, já passou por Londres, Xangai, Hong Kong e inaugura a 19 de outubro em Tóquio, no B&C Hall-Tennoz. Por lá fica patente até ao dia 1 de dezembro de 2019.
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