Não dá para adiar mais, está na hora de tirar do baú a roupa que vamos utilizar na próxima estação. Listamos as principais tendências para a estação fria de 2020.
Não dá para adiar mais, está na hora de tirar do baú a roupa que vamos utilizar na próxima estação. Listamos as principais tendências para a estação fria de 2020.
Uma questão de fé
Paco Rabanne, Dilara Findikoglu, Preen by Thornton, Simone Rocha
Paco Rabanne, Dilara Findikoglu, Preen by Thornton, Simone Rocha
Rendas, estampados, véus, cruzes e vestimentas religiosas, seja qual for a religião escolhida por cada um, há uma coisa que é comum a todas: a esperança. A esperança num mundo melhor, a esperança numa outra vida depois da morte, a esperança em continuar a ter esperança, etc., etc. Seja qual for o motivo, a Moda sempre andou de braço dado com os momentos complicados da História, trazendo esperança e sonho em situações de crises, pandemias e guerras. Esta estação, vamos vestir-nos a rigor e acreditar que todos unidos fazemos um mundo muito melhor.
Era uma vez...
Fendi, Erdem, Giambattista Valli, Givenchy
Fendi, Erdem, Giambattista Valli, Givenchy
Diz-se que “nem tudo são contos de fadas”, mas a Moda mostra que só não o são, se não quisermos. A provar esta teoria, os designers criaram vestidos estilo vitoriano, Dama de Copas ou até mesmo Romeu e Julieta meets Bela Adormecida para princesas de uma nova era, que gostam de um estilo enigmático e misterioso para enfrentar os dias de pandemia e crise económica com uma lufada de ar fresco de elegância e bom gosto. Porque depois das tempestades, vem sempre a bonança.
Bubble Game
Comme des Garçons, Area, Richard Quinn
Comme des Garçons, Area, Richard Quinn
Os desfiles FW20, à primeira vista, poderiam parecer um cenário apocalíptico, mas são apenas a montra do que se vive atualmente devido ao novo coronavírus. A Comme des Garçons assim o provou quando apresentou o seu casulo branco e preto onde se sente a mensagem de proteção, esconderijo e abrigo, todas palavras sinónimas do momento que ecoa por todo o mundo. Numa altura em que todos queremos sair das nossas cápsulas e retornar à tranquilidade de outrora, o que procuramos é espaço – distanciamento social – e conforto. De Nina Ricci, Richard Quinn, Kenzo e Simone Rocha a Jil Sander, entre outros, que apresentaram modelos volumosos mais usáveis no dia a dia, aos que propuseram looks mais conceptuais e extravagantes, valeu tudo para nos mostrar que há um mundo de esperança fora da nossa bolha. Mas, não querendo sair dela, levamo-la connosco.
That’s nonsense
Dries Van Noten, Louis Vuitton, Gucci, Molly Goddard
Dries Van Noten, Louis Vuitton, Gucci, Molly Goddard
Parece que não faz sentido, mas no fim bate tudo certo. Esta é uma tendência sem regras e cheia de criatividade para uma diversão matinal constante. Misturas de padrões, estilos e materiais, vale tudo para pôr este mood em prática. Se tiver dúvidas, dê uma olhadela a desfiles como o da Louis Vuitton, que mistura estilos biker com vestidos princesa num visual a tocar o grunge mas com um toque chic, ou o de JW Anderson, que mistura looks anos 70 com peças românticas cheias de folhos e materiais delicados.
Casa da avó
Balenciga, Richard Quinn, Etro, Marine Serre.
Balenciga, Richard Quinn, Etro, Marine Serre.
E se nos vestíssemos com os padrões do nosso mobiliário? Não haveria melhor forma para sentir o conforto da nossa casa e do mundo retro das nossas avós. Esta é a proposta apresentada para este outono/inverno onde padrões de tapetes, colchas e sofás se transformaram em peças de roupa de cair para o lado. Não há como lhes ficar indiferente, basta olhar para os looks de Marine Serre, Etro e até Balenciaga que parece ter pegado na colcha da avó e transformado num vestido acolchoado elegante e atual. Em tempos de crise, e quando a palavra de ordem parece ser sustentabilidade, nunca foi tão cool reciclar.
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