São jazz, são fado, são hip-hop e são nove. Nove razões para (re)descobrir que o presente e o futuro se escrevem no feminino.
Dançam as vozes num inquieto molde de palavras e a pele floresce-nos a toda a largura do corpo. São jazz, são fado, são hip-hop e são nove. Nove razões para (re)descobrir que o presente e o futuro se escrevem no feminino. Fotografia de Branislav Simoncík. Realização de Cláudia Barros.
Começou a cantar cedo, ingressou numa escola de música e fez um curso de verão no CCB onde conviveu de perto com o jazz. Seguiu-se a passagem pelo Hot Club, em Lisboa. De Erasmus em Paris, começa a compor as primeiras músicas que acaba por trazer para Lisboa, no regresso, e assim inicia o projeto de música original.
Influências? Gosto de muita coisa, do jazz ao pop, indie, música clássica. Bjork, Lauren Mvula, Lianne La Havas, Beyoncé, Satie.
Primeira paixão musical? Chico Buarque.
As palavras são um espelho da vida? Sim. As palavras e a música.
O que é que sente a cantar que não sente em nenhuma outra altura? Sinto que falo melhor, que fico com as ideias mais claras, mais poderosa.
Autorretrato em três palavras? Genuína, teimosa, feliz.
Passado ou futuro? Futuro.
Shiva, Beatriz Pessoa, Mynda Guevara, Sara Correia, Katerina L’Dokova, Elisa Rodrigues, Teresinha Landeiro, Russa e Diana Vilarinho são uma paisagem de sangue novo num panorama profundamente normativo. A música portuguesa tem hoje uma existência saudável e coberta de talento mas é também do crepúsculo da folhagem que a indústria respira. E esta, é a mais bonita de todas as suas constelações. Para o presente ou para o futuro.
Artigo adaptado da edição de março 2018 da Vogue Portugal.
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