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White Ribbon for Women: uma conversa com Stella McCartney

24 Nov 2017
By Sara Andrade

A designer que dá o rosto e a voz pela causa White Ribbon for Women lista três pontos pelos quais ainda é importante falar de erradicar a violência contra as mulheres.

A designer que dá o rosto e a voz pela causa White Ribbon for Women lista três pontos pelos quais ainda é importante falar de erradicar a violência contra as mulheres. A propósito do Dia Internacional para a Erradicação da Violência contra a Mulher, que se assinala a 25 de novembro, a Kering Foundation recrutou nomes fortes da empresa e da Moda para liderarem um movimento ao qual todos - homens e mulheres - podem e devem aderir. Através do hashtag #ICouldHaveBeen, saiba mais sobre a causa e como contribuir, aqui. A iniciativa White Ribbon não é nova, mas continua a ser urgente abordar a questão da insegurança das mulheres, só pelo simples facto de terem nascido mulheres. A criadora britânica, uma das embaixadoras do projeto, explica o porquê de ainda ser imperativo falar-se no assunto e colocar os homens a fazê-lo também. Porque achas que a campanha tem tanto significado e relevância na sociedade de hoje? Todos sabemos as questões de igualdade entre homens e mulheres. Não é preciso ser-se génio para saber que, ao longo de séculos, as mulheres foram tratadas como cidadãos de segunda categoria e não é mais aceitável que isso continue a acontecer. As mulheres são válidas neste planeta, temos tantos direitos como os homens e precisamos de ter mais confiança em nós e permitirmo-nos ter uma voz. E precisamos de fazê-lo com o apoio e ajuda dos homens ao nosso lado, não podemos fazê-lo sozinhas. Diz-se que os homens têm de ser mais proativos a condenar a violência sexual contra as mulheres, reforçando que este é um comportamento inaceitável. O quão importante achas que é para os homens fazerem campanha de forma tão intensa quanto as mulheres? Todos os homens têm uma mãe ou uma irmã ou uma namorada e precisamos de apoiar-nos uns aos outros nesta luta pela igualdade. Simplesmente, não é justo e temos de falar para apregoar que esta igualdade é permitida e que é apenas unidos que conseguimos ganhar a batalha pela erradicação da violência contra as mulheres, aliando-nos numa chamada de atenção que precisa de acontecer para conseguirmos um ambiente seguro para uma mulher quando ela está vulnerável rodeada de homens. Não é aceitável esta vulnerabilidade, temos de criar um futuro para a próxima geração de homens e mulheres que se trate mutuamente com respeito e igualdade. O quão importante é para a sua marca fazer parte deste coletivo que se insurge com estes assuntos da sociedade? Ao mesmo tempo, como contribuis com os teus valores pessoais e princípios para a causa? É incrivelmente importante para a nossa marca mostrar que a igualdade é o futuro. A empresa tem cerca de 80% de funcionárias e isso disso surge uma grande força. As mulheres têm uma voz coletiva, na Stella McCartney, onde nos juntamos como uma. Ao mesmo tempo, apreciamos e valorizamos os homens, temos todo o respeito por eles e pedimos o mesmo em retorno. Acho que é por aí o futuro desta conversa: como é que os homens podem esperar ser respeitados e admirados pelas mulheres se não nos tratam da mesma forma? De todo este assunto, tudo o que queremos na Stella McCartney é um possível futuro no qual tanto os homens como as mulheres partilham o planeta com direitos igais e respeito mútuo. É a única maneira de termos um futuro, é trabalhar juntos para criarmos um lugar mais seguri para as mulheres, qualquer que seja o ambiente.

Sara Andrade By Sara Andrade

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