No dia 6 de julho, a Balenciaga apresentou a sua 51ª coleção de Alta-Costura - a segunda orientada por Demna Gvasalia.
No dia 6 de julho, a Balenciaga apresentou a sua 51ª coleção de Alta-Costura - a segunda orientada por Demna Gvasalia.
Não há como negar: o desfile de Alta-Costura da Balenciaga foi um momento memorável na redação da Vogue Portugal. Durante os pouco mais de quinze minutos que compuseram o desfile da casa espanhola, jornalistas, stylists e demais colaboradores encontravam-se colados ao ecrã, sustendo a respiração cada vez que um vestido oversize tentava passar por entre as portas apertadas do local que Demna Gvasalia adotou como passerelle. Mas valeu a pena, cada segundo de suspense valeu a pena.
Comecemos por falar do inevitável. A apresentação assinada pela Balenciaga não foi apenas uma apresentação de peças de roupa, mas também uma apresentação de estrelas. Kim Kardashian, Nicole Kidman, Dua Lipa e Naomi Campbell foram alguns dos nomes sonantes que desfilaram pela marca espanhola - isto é, alguns dos nomes que conseguimos identificar. Num twist à la Demna, os primeiros looks monocromáticos, envoltos numa nuvem de cabedal preto, foram adornados com máscaras faciais (apelidadas pelo diretor criativo de “escudos faciais”) que escondiam, na totalidade, a identidade de quem as envergava. E esta foi apenas uma das formas através das quais a 51ª coleção de Alta-Costura da Balenciaga escolheu pautar-se pelo futurismo.
Num comunicado avançado pela marca, “mais de um quarto da coleção é feita com peças upcycled”. Muitas destas foram desconstruídas e integradas de forma inovadora nos conjuntos apresentados. Por exemplo, carteiras tornaram-se patchwork ao passo que velhas braceletes de relógio viraram novas pulseiras. Acessórios, como colunas que se transformaram em malas, e detalhes minuciosos, como penas bordadas, foram os grandes pontos de destaque da coleção assinada por Demna Gvasalia. Merece uma menção honrosa o vestido final, uma peça de cortar a respiração que, de acordo com a marca, demorou 7500 horas a bordar, contando com “70.000 cristais, 80.000 folhas de pratas e 200.000 lantejoulas”.