Do vestido em carne de Lady Gaga ao vestido cisne de Bjork nos Óscares, a Vogue revisita os coordenados que, ao longo dos anos, desafiaram as regras de estilo da passadeira vermelha.
Do vestido em carne de Lady Gaga ao vestido cisne de Bjork nos Óscares, a Vogue revisita os coordenados que, ao longo dos anos, desafiaram as regras de estilo da passadeira vermelha.
©Getty Images
As cerimónias de entrega de prémios são, para além das suas intenções e propósitos, um palco – onde se respira a fantasia da Moda, onde o talento é celebrado e, mais recentemente, uma ocasião para marcar uma posição. No passado ano, por exemplo, as cerimónias em Los Angeles e Londres foram um ato de solidariedade para com o movimento #MeToo, com o preto a ser a cor dominante na maioria dos coordenados. Mas os statements podem existir em diferentes formas e estilos – e cortes e cores também. Ao longo dos anos, a passadeira vermelha foi pisada por uma série de audazes, que subverteram as regras de estilo do seu tempo.
Os arquivos mostram-nos looks verdadeiramente inesquecíveis, como o vestido cisne de Bjork, que dominou as manchetes durante os Óscares de 2001 – e porque rejeitar o tradicional vestido de noite não era suficiente, a cantora levou as coisas ainda mais além quando decidiu parar para “chocar um ovo” em plena passadeira vermelha.
Nos MTV Video Music Awards de 2010, foi a vez de Lady Gaga causar polémica com um vestido feito de carne crua. Apesar de ter sido considerado com uma tomada de posição em defesa dos direitos dos animais, a cantora revelou que o look era uma forma de dizer que “se não defendermos aquilo em que acreditamos, vamos ter tantos direitos como a carne nos nossos ossos.”
Os nomes que atiraram o livro de estilo janela fora continuam com Cher, que redefiniu todas as convenções da passadeira vermelha nos Óscares de 1986, com um look que deixava o diafragma à vista de todos. A cantora – que disse que não queria parecer “uma dona de casa num vestido de noite” – foi o centro de todas as atenções graças ao seu coordenado de duas peças, bem ao estilo Showgirl, e ao seu headpiece dramático com penas, criado pelo lendário designer Bob Mackie.
Apesar de hoje ser muito mais comum mostrar pele na passadeira vermelha, Elizabeth Hurley conseguiu o seu devido lugar na história quando, em 1994, usou aquele mítico vestido safety pin da Versace, na estreia de Quatro Casamentos e um Funeral. Quase duas décadas depois, o coordenado ainda é referenciado nos dias de hoje.
Outro power move memorável é o statement feminista de Julia Roberts que, durante a estreia londrina do filme Notting Hill em 1999, deixou transparecer os pelos das suas axilas. Anos mais tarde, a atriz admitiu que o acontecimento não tinha sido propositado, explicando que não teve em consideração o comprimento das mangas do seu vestido em lantejoulas quando acenou aos fãs. Numa entrevista com Busy Philipps no programa Busy Tonight, em novembro do ano passado, a atriz clarificou que a situação “não foi bem um statement, na medida em que faz parte do statement que eu faço comigo mesma enquanto ser humano neste planeta.”
Recentemente, o ator Ezra Miller quebrou todas as barreiras do estilo masculino – que tipicamente, na passadeira vermelha, consiste em usar um fato à medida com um laço – ao optar por um vestido tipo puffer com assinatura Moncler x Pierpaolo Piccioli, que completou com um batom escuro nos lábios. O look foi para a red carpet da estreia de Monstros Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald em Paris.
A poucos dias da nonagésima primeira edição dos Óscares – e na esperança que a passadeira vermelha nos traga algumas surpresas -, a Vogue reuniu os momentos de estilo que, ao longo dos anos, desafiaram as regras.