Chanel Métiers d’Art 2020

Com referências a Coco Chanel e Karl Lagerfeld na mente - e nas silhuetas - Virginie Viard apresentou ontem, em Paris, a coleção anual de Métiers d’Art.

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Depois de ter passado por cidades como Nova Iorque, Xangai e Hamburgo, a coleção Métiers d’Art está de volta a Paris. Este regresso não é apenas geográfico - o Grand Palais, local onde há várias estações acontecem os desfiles Chanel, foi transformado no emblemático apartamento de Coco Chanel no número 31 da Rua Cambon, que deu também título a esta coleção: 31 Rue Cambon. Nas palavras de Bruno Pavlovsky, presidente de Moda da Chanel: “Aqui, estás realmente no coração da Chanel. Isto representa a alma da Casa,” contou ao WWD. 

O cenário para este desfile foi co-desenhado por Sofia Coppola que, recentemente, elaborou também uma curta-metragem para a Chanel. Mas a ligação de Coppola com a Maison é de longa data, e leva-nos até à década de 80 quando Sofia, com apenas 15 anos, estagiou com Lagerfeld. Desde então, a relação Chanel-Coppola nunca se perdeu - e parece apenas natural que a realizadora tenha sido convidada para colaborar neste Métiers d’Art. 

Dos little black jackets aos tailleurs, das carteiras 2.55 às 11.12, do famoso tweed à seda, dos folhos às plumas, das lantejoulas ao pelo, esta passerelle mostrou-nos os clássicos Chanel na sua melhor forma. “Existe uma certa simplicidade em voltar ao ABC da Chanel,” começa por explicar Virginie Viard, em comunicado de imprensa. “Não precisamos de fazer muito. Não queria fazer as habituais viagens de longa distância para apresentar a coleção Métiers d’Art, queria ficar em Paris. Então tivemos que pensar numa maneira de fazer as coisas. Foi aí que pensámos nos códigos que Gabrielle Chanel inventou e que Karl Lagerfeld tornou sublimes.”