Hervé Pierre, couturier das Primeiras Damas dos Estados Unidos da América - incluindo Hillary Clinton, Laura Bush e Melania Trump - conversa com Suzy Menkes.
Hervé Pierre, couturier das Primeiras Damas dos Estados Unidos da América - incluindo Hillary Clinton, Laura Bush e Melania Trump - conversa com Suzy Menkes.
Hervé Pierre com Suzy Menkes na CNI Luxury Conference 2018, em Lisboa ©Indigital
Hervé Pierre construiu e cimentou a sua carreira na ideia de power dressing. Em conversa com Suzy Menkes na CNI Luxury Conference, comprovou a descrição de um designer que trabalhou, toda a sua vida, com clientes de topo, desde os seus tempos na Balmain, em Paris, aos 23 anos.
Agora, com 53, as quatro décadas de Hervé Pierre na indústria contam com 14 anos como Diretor Criativo nos bastidores de Carolina Herrera, como "escritor fantasma" para Oscar de la Renta, Vera Wang e Bill Blass pelo caminho. O seu mais recente projeto - uma coleção de 12 vestidos navy e preto, lançados em 2017 sob a alçada de Atelier Caito for Hervé Pierre - marcou a estreia do designer francês a sair das sombras e assumir o palco principal. O motivo? Criar uma coleção que não é vítima dos caprichos da Moda, mas sim intemporal. Um dos princípios pilares do power dressing.
Hervé Pierre com Suzy Menkes na CNI Luxury Conference 2018, em Lisboa ©Indigital
"Não procurei desenhar para as Primeiras Damas, trabalhava para empresas que as vestiam e era uma honra", explicou, antes de partilhar as suas histórias, incluindo os momentos em que Monica Lewinsky se mudou para o mesmo andar do seu prédio, e quando desligou o telefone a Laura Bush depois desta tentar contratá-lo como seu style advisor.
"Sempre que vestes uma Primeira Dama, entras numa nova personalidade", começou. Com Hillary Clinton, tentou sugerir uma saia lápis em vez de calças, mas Clinton estava convicta de que não ficaria bem com os seus Manolo Blahniks. Como disse a Primeira Dama, não iria conseguir subir as escadas assim.
O cenário é diferente com a atual Primeira Dama. O vestido que criou para Melania Trump vestir na inauguração de 2017, conta, foi uma "enorme honra", posições políticas à parte. "Foi um desafio. Tive que criar um vestido muito específico, um vestido que ficaria para sempre associado ao meu nome, um vestido que faça sentido, que não é demasiado extravagante. Tentei criar algo muito preciso.".
Pierre continua a aconselhar Melania Trump nas suas escolhas. "Melania não fala muito, por isso as roupas que usa dão-lhe um certo mistério", explica. Mas, as pessoas continuam a pensar a Moda demasiado, quando, por vezes, serve simplesmente para ser vista. "Lembro-me de a vestir com riscas, e as pessoas dizerem que parecia que estava numa prisão, foi um desastre!".
Conversando sobre a sua coleção-cápsula de vestidos com Nicolas Caito, e se a experiência o deixou com apetite para levar as suas criações a outro nível, diz não conseguir imaginar-se a assumir o comando de uma Casa. "Acredito que tenho as habilidades e a experiência, mas a quantidade de coleções! É um excesso de produto! Se consigo pegar num elemento essencial de qualquer guarda-roupa, como o vestido, e dar-lhe uma vida mais longa, porque não?".
Hervé Pierre com Suzy Menkes na CNI Luxury Conference 2018, em Lisboa ©Indigital
A quarta edição da conferência anual Condé Nast International Luxury Conference em Lisboa acontece nos dias 18 e 19 de abril. Para mais informações, visite www.cniluxury.com/2018.
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