Depois de um desfile megalómano nos campos de lavanda em Valensole, Simon Porte Jacquemus está de volta à capital francesa com uma coleção repleta de clássicos intemporais, idealizados para permaneceram muito mais do que uma estação em qualquer armário.
Depois de um desfile megalómano nos campos de lavanda em Valensole, Simon Porte Jacquemus está de volta à capital francesa com uma coleção repleta de clássicos intemporais, idealizados para permaneceram muito mais do que uma estação em qualquer armário.
© ImaxTree
“Isto não é um espetáculo de arte. Eu vendo roupa, então este [desfile] é o regresso às coisas que são minimais e nada forçadas, é como um vestido que podes levar a um casamento e usá-lo várias vezes depois da ocasião”, contou Simon Porte Jacquemus à Vogue US. O designer apresentou este fim de semana, na La Défense Arena, as propostas para o outono/inverno 2020 numa passerelle que viu as propostas masculinas e femininas a coexistirem numa harmonia soberba.
L’Année 97, como é denominada esta coleção, é também o ponto de partida para uma nova era na marca homónima do criador, é o regresso às apresentações mais minimalistas onde as suas criações são o centro das atenções com o intuito de durarem muito mais do que uma estação. “O estado do mundo fez-me questionar o porquê de eu fazer este trabalho, e a minha equipa partilha do mesmo sentimento. Queríamos que esta coleção tivesse muito mais significado”, afirmou Porte Jacquemus ao WWD.
Uma década depois, Laetitia Casta regressa à passerelle para abrir este desfile, um pontapé de saída que foi ao mesmo tempo uma homenagem à primeira peça que Simon criou: uma saia. “Tinha sete anos quando peguei numa cortina e fiz uma saia para a minha mãe, e ela a usou para me levar à escola”, recorda o designer à Vogue US. O line up que se seguiu contou com alguns dos nomes mais cobiçados da indústria: das irmãs Hadid a Doutzen Kroes, de Mica Argañaraz a Vittoria Ceretti, de Maria Miguel a Blésnya Minher. Este foi, sem dúvida, o casting mais popular que alguma vez pisou uma passerelle Jacquemus.
Uma coleção inspirada no mediterrâneo pede por pele exposta e um sex appeal muito próprio e, segundo a crítica especializada, inesperado. Neste universo houve espaço para variações dos seus strappy dresses, assim como os vestidos em malha, os calções curtos, as botas de cano alto e vários casacos oversized com uma estética genderless. Quanto aos acessórios, as carteiras aumentaram o seu tamanho, mas a Chiquito - o acessório que tem dominado as redes sociais - surgiu na passerelle para complementar os coordenados femininos e masculinos.
Apesar do glamour e do je ne sais quoi que tão bem caracterizam as apresentações de Jacquemus, há uma mensagem que o designer quer que seja ouvida: “Acho que está na altura de voltar às coisas mais minimais e puras, fazer com que a roupa dure”, concluiu Jacquemus.
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