A Vogue presta tributo à ilustre carreira do designer e faz uma retrospetiva da vida de Karl Lagerfeld em imagens.
A Vogue presta tributo à ilustre carreira do designer e faz uma retrospetiva da vida de Karl Lagerfeld em imagens.
Karl Lagerfeld, um apaixonado por fotografia, capta uma imagem de Ines de la Fressange nos estúdios da Chanel
Karl Lagerfeld e Anna Wintour na décima segunda edição dos Council of Fashion Designers of America Awards, em 1993
Karl Lagerfeld e Silvia Venturini Fendi no final do desfile de aniversário dos 90 anos da Fendi na Fontana di Trevi, em 2015
Karl Lagerfeld no final do desfile Métiers d'Art 2018/19 no The Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque
©Getty Images
"Um designer tem que olhar para si próprio como um edifício com antenas de televisão; captas imagens de tudo aquilo que está a acontecer, gravas, e depois esqueces", disse Karl Lagerfeld à edição americana da Vogue em 1984. O octogenário prolífico, que esteve ao leme da Chanel, da Fendi e da sua marca homónima no decorrer de quase sete décadas, tinha um entendimento inato do mundo da Moda e do seu panorama em constante mudança. Com uma motivação implacável e um desdém por uma nostalgia demasiadamente sentimentalista, não havia ninguém que personificasse melhor o mood do momento.
Nascido em Hamburgo, no ano de 1933, Lagerfeld começou a aprender o seu ofício no Paris Lycée Montaigne, depois da sua família se ter mudado para França. Quando recebeu o prémio na categoria de "casacos", na competição International Wool Secretariat, em 1954, o designer foi rapidamente contratado para o cargo de assistente de Pierre Balmain. Seguiram-se passagens pela Jean Patou e pela Chloé e, em 1965, começou a colaborar com a Fendi.
Lagerfeld juntou-se à Chanel como diretor criativo em 1983, depois de um convite do presidente Alain Wertheimer. Pelo caminho, e ao revitalizar os códigos de uma das Casas francesas mais sagradas da indústria, conseguiu atrair uma nova geração de consumidores. Na era das redes sociais, os seus cenários elaborados transformaram-se em lendas - do supermercado e do casino Chanel ao lounge de aeroporto e praia de céus azulados -, e Lagerfeld num ícone em nome próprio. Os seus colarinhos estruturados, os seus óculos de sol opacos, as suas luvas sem dedos e o seu cabelo branco apanhado estão hoje tão intimamente ligados à Chanel como o tweed e o duplo C da marca.