No último desfile do segundo dia da ModaLisboa, Luís Carvalho apresentou uma coleção que traz à superfície a exuberância dos folhos, mas também o conforto de vestir roupas sobre roupas.
No último desfile do segundo dia da ModaLisboa, Luís Carvalho apresentou uma coleção que traz à superfície a exuberância dos folhos, mas também o conforto de vestir roupas sobre roupas.
©ModaLisboa | Fotografia de Ugo Camera.
Para as propostas de outono/inverno 2019, Luís Carvalho pretendia explorar a noção de layer e trabalhar com a sobreposição de peças. Inspirado pelas colagens do artista plástico digital Matthieu Bourel, que ilustram uma realidade deformada pela justaposição de imagens, o designer natural de Vizela começou a compor Surface, uma coleção que traz à superfície a exuberância dos folhos, mas também o conforto de vestir roupas sobre roupas. "Trabalhámos um bocadinho com as superfícies, com as camadas", contava o criador à Vogue Portugal, horas antes do início do seu desfile na ModaLisboa. Confere: no primeiro coordenado a ser apresentado na passerelle do Pavilhão Carlos Lopes — um casaco com padrão tartan com folhos volumosos na zona da gola —, essas mesmas camadas estavam lá e não passaram despercebidas.
Seguiu-se o brilho das lantejoulas vermelhas, do qual Luís Carvalho tirou proveito para produzir saias, vestidos, luvas até ao cotovelo e uma fanny pack, e a sobriedade dos castanhos, bordeaux e beges, que deram vida a fatos mais masculinos. Já a meio do desfile, o designer lançou na passerelle um trench coat unisexo com um corte irreprensível, vestidos semi-transparentes e propostas com "imensos xadrez". Para o final ficaram guardados três coordenados em rosa que injetaram instantaneamente cor nesta coleção que trabalha com as superfícies, mas que de superficial pouco tem.
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