A exposição deste ano do Costume Insitute, About Time: Fashion and Duration, marca os 25 anos da Met Gala (adiada por tempo indeterminado) - em homenagem à grande noite na indústria da Moda, aqui estão os melhores momentos de estilo de sempre na passadeira vermelha.
Lembra-se da estreia de Kate Moss na Met Gala, com um vestido minimalista da Calvin Klein? E a princesa Diana, que roubou todas as atenções em 1996? Ou quando Cher mostrou (quase) tudo num vestido de Bob Mackie? Em homenagem aos 25 anos da Met Gala, reunimos os momentos de estilo mais emblemático daquela que é a passadeira vermelha mais poderosa da indústria.
Lady Gaga, em Brandon Maxwell (2019)
Podemos sempre contar com Lady Gaga para fazer uma entrada sensacional (neste caso de 16 minutos). Para celebrar Camp: Notes on Fashion, a cantora e atriz norte-americana usou um enorme casaco fúcsia (com 25 metros de tecido, para sermos mais precisos), idealizado pelo seu amigo e colaborar de longa data Brandon Maxwell. Mas o drama não se ficou por aqui. Ao longo da sua performance, esta capa saiu de cena para revelar um vestido preto sem alças, que por sua vez deu lugar a um vestido rosa choque e que terminou num conjunto de lingerie repleta de brilhantes. “Sei que, intrinsecamente, tenho uma alma camp”, revelou Gaga à Vogue enquanto se preparava para o evento.
Diana, Princesa de Gales, em Dior (1996)
A primeira aparição de Diana na Met Gala aconteceu em 1996, três meses depois da notícia do seu divórcio ter sido oficializada. Pelos padrões atuais de uma red carpet - e pelo fenómeno do naked dress - o look escolhido pode até ser considerado mais recatado, mas este vestido-lingerie azul-marinho, um clássico Dior desenhado por John Galliano, o diretor criativo à época, marcou num novo momento, um momento mais livre na sua vida. A gala de 1996 serviu de homenagem a Christian Dior, e naturalmente o próprio Galliano estava presente para acompanhar a princesa de Gales, juntamente com a ex-diretora da Vogue Britânica Liz Tilberis. Não podemos ignorar, claro, as joias: uma gargantilha de pérolas de sete fios, com uma enorme safira e diamantes.
Rihanna, em Guo Pei (2015)
Ficamos divididos entre o vestido Comme des Garçons de 2017 e a capa omelete de 2015, desenhada pela couturier chinesa Guo Pei, mas pelo impacto - de quatro metros de tecido, para sermos mais precisos - uma capa desta dimensão ganhou. RiRi roubou todas as atenções ao incorporar o tema da gala, China: Through the Looking Glass, com uma peça de 25kg que levou mais de dois anos a ser criada. Desde então, a parceria Pei-RiRi tornou-se numa referência moderna de como uma designer pouco conhecida fora do seu país se pode transformar numa sensação mundial, mesmo antes do sol de pôr naquela primeira segunda-feira de maio.
Billy Porter, em The Blonds (2019)
O ator sabe uma ou duas coisas sobre aparições em red carpets. Naquela segunda-feira, o queridinho da Broadway chegou numa poltrona carregada por seis homens, numa homenagem à Cleópatra de Elizabeth Taylor. O espetáculo principal? Um macacão personalizado ao estilo 'Deus do Sol' com umas asas de três metros, um projeto da dupla The Blonds.
Bianca Jagger, em Halston (1977)
Quando o designer norte-americano Halston lançou a sua marca homónima em 1966, a moda parisiense levou um abanão. O criador desenhava um glamour acessível e indisciplinado, usado por um grupo de it girls, as Halstonettes, que incluía Bianca Jagger, o seu plus one para a gala de 1977 (Vanity Fair: A Treasure Trove), onde os convidados da Downtown nova-iorquina se misturavam com os moradoras da Uptown nos corredores do Met. Jagger usou um vestido metálico com um lenço nos braços a condizer e ainda uma carteira feita no mesmo material. Só havia um destino para a after party: uma nova discoteca, chamada Studio 54.
Cardi B, em Thom Browne (2019)
“Escolhi Thom Browne porque ele é a definição de camp”, disse Cardi B à Vogue, enquanto se preparava para a passadeira vermelha. O look? Um vestido bordeaux bordado à mão com 30.000 penas queimadas e tingidas, que demorou mais duas mil horas e 35 pessoas para estar concluído.
Diddy e Cassie (2017)
A Met Gala tem uma tradição para atrair encontros extraordinários entre celebridades (lembra-se de Donatella Versace e Matt Dillon em 1999?) e um talento especial para combinar duplas famosas, que normalmente não atraem tanta atenção na passadeira vermelha. Em 2017, Diddy (a.k.a, Sean Combs) não estava disposto a posar para os flashes, preferindo recostar-se na escadaria do Met, enquanto a então namorada Cassie Ventura mostrava o seu vestido On Aura Tout Vu. O resultado? Diddy acabou com a etiqueta tradicional da passadeira vermelha.
Jackie Onassis, em Valentino (1979)
Regressemos à gala Fashions of the Habsburg Era: Austria-Hungary, quando Jackie Onassis usou um vestido Valentino preto em seda sem alças, com um lenço a condizer e um decote sem joias, que deixaria orgulhosos todos os adeptos do minimalismo na red carpet. O humor impetuoso da Moda não era apenas coisa de uma noite, mas estabeleceu o capítulo final da sua vida como editora de livros em Manhattan, depois de voltar a morar nos EUA após a morte do seu segundo marido, o magnata grego Aristóteles Onassis.
Naomi Campbell, em Versace (1995)
De volta à era pré-Instagram de 1995, quando o KiraKira não era sequer uma miragem nos olhos de um criador de apps, Naomi exibia uma vestido Versace radiante e com cristais incrustados capaz de cegar todos os paparazzi sedentos por uma fotografia. Esta criação incrivelmente brilhante - um obra-prima de Gianni Versace - encontrou o par perfeito na supermodelo que, 25 anos depois, reina com mais força do que nunca.
Kate Moss e Marc Jacobs (2009)
No que diz respeito aos wingmen da Met Gala, poucos conseguem superar Marc Jacobs. O designer acompanhou a BFF Kate Moss em 2009, quando a supermodelo usou um minivestido metálico e uma headpiece - ambos uma criação de Jacobs. (Arquive os sapatos YSL dentro da categoria “o calçado mais poderoso dos anos 2000”.) O tema desse ano? The Model as Muse, que Moss tão bem incorpora.
Katy Perry, em Moschino (2019)
Se há designer que sabe como desencadear um momento teatral (e espirituoso) na Met Gala, é o diretor criativo da Moschino, Jeremy Scott. O look camp que criou para a amiga, a cantora norte-americana, Katy Perry, apresentava um espartilho embutido com duas baterias escondidas para iluminar as luzes do candeeiro. “Quem é que já esteve num baile que não tinha um candeeiro?”, brincou Scott com a Vogue.
Liv Tyler e Stella McCartney (1999)
As filhas do rock’n’roll Liv Tyler e Stella McCartney não respeitaram o dress code da passadeira vermelha em 1999 ao vestirem t-shirts com Rock Rotalty escrito, que ao mesmo tempo explicitavam o tema da Gala (Rock Style) e a sua linhagem. Esta escolha, que hoje ainda provocaria rebuliço, desencadeou uma tendência instantânea do DIY que dominou as ruas nas estações sucessivas (incluindo, claro, os decotes de um só ombro).
Kylie e Kendall Jenner, em Versace (2019)
Como é que dois dos elementos mais famosos de uma família como a Kardashian-Jenner se prepara para uma red carpet destas? Com vestidos Versace cheios de penas. Kylie Jenner, que também chegou ao lado de Travis Scott, foi all-in, completando o seu look lavanda com uma peruca no mesmo tom. Mas off-camera, as indecisões reinavam. Kylie tentou persuadir Kendall a usar um vestido rosa ao invés de laranja para criar um visual mais harmonioso. “Estava a tentar convencê-la a usar rosa, mas ela não é uma miúda de cor-de-rosa”, disse Kylie Jenner à Vogue. O resultado? Uma homenagem totalmente individual aos artistas camp.
Sarah Jessica Parker, em Oscar de la Renta (2014)
Nenhuma lista da Met Gala fica completa sem a protagonista d’O Sexo e a Cidade. O nosso look favorito? O vestido Oscar de la Renta que Parker usou na Met Gala de 2014, em homenagem a Charles James, que é digno de uma última aparição de Carrie Bradshaw. Aquela noite em particular foi um grande negócio para De la Tenta e Parker,ambos foram co-chairs do evento. O look da atriz norte-americana foi um trabalho de longa data, que o designer construiu do zero, especialmente para a ocasião. Os detalhes que talvez tenha perdido? A cauda do vestido que apresentava a assinatura De la Renta nos bordados, selando assim a eterna amizade entre o designer e a sua musa.
Cher e Bob Mackie (1974)
Décadas antes de Kendall Jenner mostrar tudo num vestido cristalino La Perla, Cher que foi convidada para o segundo Met Ball usou um vestido de Bob Mackie. O vestido brilhante da cantora iniciou um fenómeno de homenagens, incluindo o vestido de Roberto Cavalli que Kim Kardashian West usou em 2015, o lendário momento de Beyoncé, em Givenchy by Riccardo Tisci (também em 2015) e Madonna com o vestido sem costas (também Givenchy) em 2016.
Marc Jacobs, em Comme des Garçons (2012)
O designer aparece duas vezes na nossa lista porque o vestido em renda Comme des Garçons e os boxers que usou em 2012 precisam de ser lembrados, homenageados e republicados no Instagram, numa homenagem ao facto dos padrões das passadeiras vermelha terem abandonado o género.
Yeonmi Park, em Alexis Mabille (2017)
Além das selfies na casa de banho e da pausa para o cigarros, a Met Gala é também uma oportunidade para o ativismo, como demonstrou a ativista norte-coreana Yeonmi Park, que marcou presença no evento de 2017, num vestido Alta-Costura vermelho de Alexis Mabille, como convidada do co-fundador do Airbnb Joe Gebbia. Para Park, de 26 anos, cujo o memoir de 2015 In Order to Live: A North Korean Girl’s Journey to Freedom, documenta a sua fuga da Coreia do Norte, a sua presença na Met Gala com um vestido vermelho que é o sinónimo do regime norte-coreano foi uma oportunidade de colocar os direitos humanos nos olhos da cultura pop.
Beyoncé, em Givenchy by Riccardo Tisci (2015)
Onde Beyoncé vai, o resto do mundo segue-lhe os passos. Para o ex-stylist da cantora norte-americana Ty Hunter, isso significava literalmente segui-la. O vestido Givenchy Alta-Costura com joias incrustadas, que Riccardo Tisci fez para Beyoncé, exigiu cuidados e atenção especial, exigindo que Hunter estivesse à mão (ou melhor, de joelhos) para garantir que tudo estava no sítio para cada fotografia.
Lizzo, em Marc Jacobs (2019)
É impossível não destacar o coordenado Marc Jacobs com que Lizzo encerrou a passadeira vermelha da Met Gala de 2019, sem creditar o facto de que a cantora foi de direta para o aeroporto no dia seguinte com o casaco de penas cor-de-rosa Barbie, uma sweatshirt e ainda uns óculos de sol para terminar o look.
Kate Moss, em Calvin Klein (1995)
A primeira aparição da supermodelo na Met Gala é para ser escrita nos livros de história de Moda. O tema da gala em 1995 foi Haute Couture, mas no clássico estilo Mossiano, a britânica optou por um vestido simples. Sem pompa, sem muito barulho e sem qualquer alarido. O vestido escolhido foi um Clavin Klein, e não é que foi uma escolha perfeita?
Bella Hadid, em Alexander Wang (2017)
O que é que fazemos quando o nosso on/off parceiro aparece na Met Gala com o novo love affair? Tome notas com Bella Hadid. A modelo apareceu na passadeira vermelha com um corpo escultural num catsuit de Alexander Wang. “Isto mostra realmente o corpo incrível de Bella”, confessou Wang à Vogue. Damn right!
Sarah Paulson e Madonna (2017)
© Getty Images
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Até mesmos as grandes estrelas ficam starstruck, como Sarah Paulson demonstrou, quando desrespeitou o protocolo da red carpet para ir ter com Madonna e o seu vestido Moschino.
Kanye West e Kim Kardashian West (2016)
© Getty Images
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Se Kanye West quiser usar uns jeans Fear of God rasgados e lentes de contacto a condizer na Met Gala, ele vai usar. Mesmo se o dress code indicar “tech white tie”. O casaco brilhante de Kanye? Balmain. O tema de 2016? Manus x Machina. O rapper não foi o último a usar jeans na red carpet, no entanto, A$AP Rocky usou uns jeans Calvin Klein em 2017, que recebeu uma grande aclamação por parte da indústria da Moda.
Lupita Nyong’o, em Prada (2014)
Os acessórios com penas preenchem uma grande parte do vocabulário da indústria da Moda na Met Gala - Julianne Moore, Rita Ora, Kirsten Dunst e Blake Lively já usaram penas durante o cocktail - mas é o vestido personalizado Prada que Lupita Nyong’o levou ao evento (Charles James: Beyond Fashion, 2014) que leva a taça.
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