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ModaLisboa For Good - “fazer o bem e fazê-lo bem”

14 Mar 2024
By Vogue Portugal

Fotografia: Luís Buchinho FW24/25

Os criadores portugueses reuniram as suas propostas de Moda para a estação fria, numa edição que teve também a intenção de ser uma ode ao design, à cidade, às pessoas e ao planeta.

A 62ª edição da ModaLisboa aconteceu entre 7 e 10 de março, no Pátio da Galé, com o mote ModaLisboa For Good, uma mensagem que, segundo Eduarda Abbondanza, representa “fazer o bem e fazê-lo bem”, atuando como a “espinha dorsal” de todas as ações desta edição. 

A Lisbon Fashion Week arrancou com as FAST TALKS, que aconteceram no dia 7 no MAAT - Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia.  Com moderação de Rui Maria Pêgo, o diálogo entre oradores nacionais e internacionais oscilou entre as oportunidades de investimento sustentável e o cruzamento entre moda e herança cultural. No Pátio da Galé, o evento começou, como de costume, com o concurso Sangue Novo, de onde saíram duas vencedoras: Isza, com o prémio Prémio ModaLisboa X IED – Istituto Europeo di Design e Bárbara Atanásio, com o Prémio ModaLisboa X RDD Textiles. Enquanto a primeira, Ana Luísa Marinho, teve como base o futuro e a sua incerteza, a segunda foi em busca dos “neos”, enaltecendo a nostalgia do passado.

Após o concurso foi a vez da Decenio apresentar a sua coleção cápsula. Juntando-se à designer MOLNM nasceu uma parceria inovadora que usou Inteligência Artificial para esta linha de edição limitada, sem género, inspirada no golf. A coleção denomina-se CLUB14 e conta com peças oversized e minimalistas, com cortes contemporâneos e adaptados à vida urbana.

Mas esta colaboração não foi a única que recorreu à IA para apresentar as suas peças. A Lion of Porches juntou-se à Paatiff para provar que esta ferramenta pode ser usada não só para criação de novas peças, mas para combater o desperdício de têxteis e contribuir para a sustentabilidade. Uma linha inspirada em workwear, moderna, urbana, com um grande ênfase no denim foi o resultado desta colaboração que funde os universos de ambas as marcas, num aceno ainda à funcionalidade e durabilidade.

Arndes, de Ana Rita Sousa, e Behén, de Joana Duarte, apesar de serem relativamente recentes no mundo da moda, já dão muito que falar - e o mesmo se verificou na passerelle do Pátio da Galé. Ana Rita Sousa, reinterpretou em Freestyle os códigos do quotidiano através de uma nova lente, entre a correria do dia a dia e a tranquilidade da noite, materializando o equilíbrio entre estes conceitos, pedindo ainda que ouçamos as peças e nos foquemos nelas. Não Te Quero é o nome da coleção de Joana Duarte que revisita a sua autenticidade. O nome da coleção origina nos tradicionais talegos bordados com mensagens de amor e desamor, com uma atitude irreverente que é também defendida pela marca. A códigos já conhecidos, como o ponto cruz, crochet, Bordado da Madeira, Bordado de Viana com vidrilhos, junta agora o Bordado de Glória do Ribatejo, numa ode à portugalidade que realça a essência assumidamente Behén.

Por fim, os veteranos também apresentaram as suas coleções ao longo dos três dias de desfiles da edição. Luís Carvalho recorreu a texturas, padrões e cores fortes para evocar a natureza e a sua imprevisibilidade, usando, para isso, linhas orgânicas e silhuetas  assimétricas, numa ode à desconstrução e à contemporaneidade. Dino Alves aliou-se à Betlic e, por isso, a coleção evoca o futebol como inspiração. Os modelos desfilaram na passarelle com bolas na mão, números nas peças, tal como em equipamentos, pencil skirts combinadas com bomber jackets, numa simbiose entre a modalidade e a Moda. Luís Buchinho apresentou uma coleção inspirada em diversas décadas do século XX,  com silhuetas que acariciam o corpo, ora tapando-o, ora procurando realçá-lo. Intitulada de DREAM, a mais recente coleção de Carlos Gil conta com um mote surrealista, focando-se o designer em criar uma harmonia entre a realidade e a fantasia, recorrendo, para isso, à mistura de estampados (alguns geométricos, outros com animais exóticos), brilhos, penas, e tecidos leves.

A edição acabou com a mensagem “o cinzento de um dia de nevoeiro transforma-se num crepúsculo rosado” deixada por Kolovrat, ao apresentar a sua linha para a estação fria. Assimetrias e padrões caleidoscópicos  são alguns elementos que transformam esta coleção num tipo de fever dream hiperrealista, criando um todo harmonioso mas, simultaneamente, estranhamente familiar.

KOLOVRAT FW24/25

Todas as fotografias cortesia ModaLisboa
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