Models Harassment Protection Act: a lei que protege as modelos

26 Oct 2017
By Rui Matos

Em defesa das modelos está a Model Alliance, uma organização que se aliou a Nily Rozic, uma deputada nova-iorquina. Juntas, lutam contra o assédio sexual na indústria da Moda.

O caso Weinsten transformou-se numa verdadeira bola de neve e, depois de várias atrizes se pronunciarem contra o produtor, a indústria da Moda também o fez. Em defesa das modelos está a Model Alliance, uma organização que se aliou a Nily Rozic, uma deputada nova-iorquina. Juntas, lutam contra o assédio sexual na indústria da Moda.

Depois do escândalo, publicado no diário norte-americano New York Times, que deu conta da prática de abuso sexual por parte de Harvey Weinstein, várias foram as mulheres (incluindo nomes como Léa Seydoux, Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow ou Cara Delevingne) que se insurgiram contra estes atos, partilhando as suas experiências através das redes sociais.

Na indústria da Moda, já começaram a surgir acusações satélite de assédio sexual e /ou abuso. Exemplo disso é a portuguesa Sara Sampaio, que recentemente partilhou nas redes sociais a sua má experiência com a revista francesa Lui. Nas palavras de Sara: "Sinto-me violada, mal tratada e desrespeitada como profissional e como mulher.", conta a modelo depois de ter visto fotografias suas serem publicadas sem autorização.

A Model Alliance - uma organização que trabalha no âmbito da proteção das modelos - anunciou uma parceria com a deputada nova-iorquina Nily Rozic para que seja criada uma lei que proteja as modelos deste tipo de abusos.

Models Harassment Protection Act é o nome da lei e tem como objetivo salvaguardar as modelos de assédio sexual ou qualquer outro tipo de abuso no período laboral. Caso seja aprovada, entrará em vigor em todo o Estado de Nova Iorque.

“As modelos são muitas vezes obrigadas a posarem nuas sem o seu consentimento prévio, em muitos casos não há locais indicados para trocarem de roupa e são várias vezes sucumbidas à pressão sexual por parte daqueles que controlam as suas carreiras.” avançou Sara Ziff, fundadora da organização, em comunicado. “É hora de responsabilizar quem de direito e transformar a indignação em lei.”, acrescentou.