De brincos a pingentes, de pulseis a anéis, esta coleção é composta por 18 peças que nos falam das origens do jazz, a música que envolve toda a história de amor na obra de Antonio Muñoz Molina.
De brincos a pingentes, de pulseis a anéis, esta coleção é composta por 18 peças que nos falam das origens do jazz, a música que envolve toda a história de amor na obra de Antonio Muñoz Molina.
A arte imita a vida ou a vida imita a arte? A eterna questão que, de longe a longe, nos assola e ganha ainda mais expressão quando nos deparamos com uma coleção como El Inverno en Lisboa, da marca espanhola Suarez. O nome é-lhe familiar? Acreditamos que sim. O nome desta coleção é o mesmo que Antonio Muñoz Molina deu ao romance que publicou em 1987. Uma história de um amor proibido entre Lucrecia e Santiago. Ela uma mulher melancólica. Ele um pianista de jazz sem grandes perspetivas. A trama tem o trompete de Dizzy Gillespie como banda sonora e muitos vestidos com franjas à mistura. Uma história que nos prende assim como a luz inigualável de Lisboa e a bruma de San Sebastián. Gabriel Suárez, diretor criativo da Suarez, leu este romance durante os anos em que estudava jornalismo e, recentemente, quis materializar as palavras de Molina em peças de joalharia.
“Na minha memória, aquele verão resume-se a alguns por-do-sol, céu roxo e rosa sobre o mar distante, resume-se a longas noites em que o álcool era tão quente como o chuvisco do amanhecer", escreveu Muñoz Molina. A complexidade dos protagonistas e o lirismo da prosa foram os dois factores que rapidamente cativaram toda a equipa criativa da marca. A Lucrecia foi imaginada como uma mulher segura, mas ao mesmo tempo vulnerável, que irradiava uma luz inquietante e ao mesmo tempo mantinha um lado oculto. "Um dia fomos tomar o pequeno-almoço e parte da equipa imaginou-a como uma Kate Moss, outros como Scarlett Johanson”, diz Gabriel Suárez, em comunicado.
No livro, Muñoz Molina não deixou nenhuma referência visual das joias que Lucrecia usava, então depois de muito pesquisaram a equipa Suarez percebeu que o Cotton Club, em Nova Iorque, podia ser a referência estética. A viagem criativa resultou em brincos, pingentes, pulseiras e anéis para os quais apenas foram utilizados diamantes a preto e branco que, segundo Muñoz Molina: “é uma combinação preciosa que evoca as teclas do piano.” As peças desta coleção são todas confecionadas com ouro branco e diamantes brancos e pretos. A Suarez descartou mais de 99,5% de todas as pedras inicialmente avaliadas, por não cumprirem todos os requisitos de qualidade exigidos - uma matéria-prima de excelente qualidade é a prioridade número um da marca. Os diamantes pretos são uma das pedras preciosas maus duras da natureza, na escala de Mohs consegue atingir muito facilmente um 10. É um diamante raro e difícil de encontrar, sendo assim muito exclusivo.
Das 18 peças que podemos encontrar nesta coleção, importa destacar o movimento estonteante nos brincos que foi conseguido através da replicação do sistema articulado, que usualmente é utilizado nas pulseiras rivière - isto permite que cada diamante tenha um movimento independente mas, ao mesmo tempo, uma harmonia com tudo o resto, de modo a que a luz caia em ângulos diferentes, refletindo um brilho único. O desafio era transformar a literatura em joias. E o objetivo foi cumprido, ou não estivéssemos nós a falar de uma marca que conta com mais de 75 anos de experiência e know-how que permite controlar todas as fases do processo de criação de joias - da compra das pedras preciosas ao design e à materialização da peça.
Conheça toda a coleção na galeria, em baixo.