Literalmente: este exemplar resulta de uma parceria da Volvo com a 3.1 Phillip Lim e é uma peça criada com a “pele” que a marca de automóveis agora usa nos seus interiores.
Literalmente: este exemplar resulta de uma parceria da Volvo com a 3.1 Phillip Lim e é uma peça criada com a “pele” que a marca de automóveis agora usa nos seus interiores. Nordico é um tipo de material reciclado e vegetal que substitui o cabedal de origem animal em tudo o que é estofos da Volvo Cars, a empresa automóvel que não deixa que a velocidade cruzeiro a impeça de acelerar na vanguarda.
Weekend tote em Nordico, Volvo x 3.1 Phillip Lim
Weekend tote em Nordico, Volvo x 3.1 Phillip Lim
A junção da marca de Moda norte-americana e a referência no mercado automóvel pode parecer uma inusitada parceria à primeira vista, mas quando o propósito é maior e se partilham os mesmos valores de qualidade e luxo sem minar a sustentabilidade, todos os duos são válidos - e tão bem-vindos quanto aplaudidos. O resultado desta associação chega sob a forma de uma mala de fim de semana criada a partir de um tecido sustentável intitulado Nordico, concebido não só a partir de têxteis feitos de material reciclado (como garrafas PET), mas também de materiais biológicos de florestas da Suécia e Finlândia e por rolhas recicladas da indústria do vinho.
“Sabemos onde queremos ir”, contextualiza Robin Page, Head of Design da Volvo Cars. “O primeiro passo é assegurar que utilizamos materiais sustentáveis, naturais e reciclados. A colaboração com a 3.1 Phillip Lim, para criar uma mala que fosse inspirada pelos materiais do futuro, solidifica as nossas ambições de desafiar a indústria do design para reavaliar os materiais que utiliza. Tanto a criação de coleções para as passerelles como a criação de interiores para automóveis, têm uma responsabilidade partilhada para tentar encontrar alternativas de materiais sustentáveis.”
Phillip Lim
Phillip Lim
A peça Volvo x 3.1 Phillip Lim não estará, no entanto, disponível nas lojas, porque o seu intuito é maior que o propósito comercial: é uma chamada de atenção para uma mudança significativa nos novos modelos 100% elétricos da Volvo. É que este Nordico é o material que reveste os estofos e interior dos novos modelos da marca, reiterando este compromisso de ambos os nomes fortes nas suas respetivas áreas com a sustentabilidade. A novidade pretende honrar este objetivo da Volvo, acima de tudo, de respeito pelo meio ambiente, mas responde também a uma tendência emergente que reflete o desejo do mundo do design - e do mundo em geral, acrescente-se - por materiais sustentáveis que não comprometam a qualidade, isto é, por um design consciente, que se denomina Luxtainability.
Não é a primeira vez que Phillip Lim abraça esta causa: já criou um vestido neutro em carbono com uma fibra feita a partir de algas e usa recorrentemente materiais reciclados nas suas propostas, nesta missão de estabelecer um luxo consciente na indústria em que se move. Também não é a primeira vez que a Volvo Cars se desafia para contribuir ativamente para a diminuição da pegada de carbono - nem será a última, nesta sua incessante procura por alternativas sustentáveis e de alta qualidade para muitos dos materiais utilizados hoje em dia pela indústria automóvel. Além de, recentemente, a marca sueca ter anunciado que, já a partir do novo C40 Recharge, todos os novos modelos puramente elétricos seriam totalmente livres de couro, um dos objetivos da companhia é, em meados desta década, que metade das suas vendas globais seja de veículos totalmente elétricos; outro objetivo é a redução contínua da sua pegada ecológica e aponta para, até 2025, ter 25% do material, nos novos carros, de origem bio e reciclada. Não será por isso, de estranhar que anuncie, a plenos pulmões, que a meta é ser uma empresa de impacto ambiental neutro até 2040.
“Temos uma visão de para onde temos de ir no futuro, sendo o primeiro passo a angariação de materiais reciclados, naturais e sustentáveis”, reitera Page. “O próximo desafio é mudar o que fazemos com estes materiais, seja criar peças de automóveis que duram para sempre, reentrar na economia circular ou fazer com que voltem à terra.”