São jazz, são fado, são hip-hop e são nove. Nove razões para (re)descobrir que o presente e o futuro se escrevem no feminino.
Dançam as vozes num inquieto molde de palavras e a pele floresce-nos a toda a largura do corpo. São jazz, são fado, são hip-hop e são nove. Nove razões para (re)descobrir que o presente e o futuro se escrevem no feminino. Fotografia de Branislav Simoncík. Realização de Cláudia Barros.
A primeira vez que escreveu poesia aconteceu porque estava cansada de quão “fakes” eram as habituais dedicatórias nas fitas de fim de curso. Seis meses mais tarde inicia o caminho no rap, com a escrita a cappella, e há apenas dois anos é que a letra ganha corpo com os instrumentais. Russa não é uma millennial sangue puro. Nem mesmo um fruto desmedido da geração Internet. E não precisa.
Influências? As minhas referências são quase todas ligadas ao desporto. Para mim, são pessoas que atingem o máximo.
Primeira paixão musical? Boss AC.
As palavras são um espelho da vida? Sim, mas não é matemático.
O que é que sente a cantar que não sente em nenhuma outra altura? É mais puro.
Autorretrato em três palavras? Viagens, matemática, Austrália.
Passado ou futuro? Futuro.
Uma música para o resto da vida? Space Bound, Eminem.
Shiva, Beatriz Pessoa, Mynda Guevara, Sara Correia, Katerina L’Dokova, Elisa Rodrigues, Teresinha Landeiro, Russa e Diana Vilarinho são uma paisagem de sangue novo num panorama profundamente normativo. A música portuguesa tem hoje uma existência saudável e coberta de talento mas é também do crepúsculo da folhagem que a indústria respira. E esta, é a mais bonita de todas as suas constelações. Para o presente ou para o futuro.
Artigo adaptado da edição de março 2018 da Vogue Portugal.
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